27 de fevereiro de 2008

A Dança dos Vampiros

Não faltam méritos nesta sátira aos filmes da Hammer. Extremamente reverente a um estilo de horror específico de uma época, consegue dialogar com o afeto saudosista das platéias. Parece nos perguntar o que faríamos se todo aquele imaginário que se aprendeu no cinema fosse verdadeiro. No leste europeu mais triste e realista que já se viu desenrola-se verdadeira chanchada sanguinolenta enquanto Alfred, jovem caçador de vampiros, aprende o quão estranho é o mundo dos adultos e suas discrepâncias. De quebra, assim como o diretor, conhece o amor de sua vida, Sharon Tate mais gélida do que se pode esperar do objeto do desejo de um conde da Transilvânia. Nas décadas 40 e 50, subseqüentes à era de ouro da Universal, quando os filmes de monstros se saturaram, a alternativa foi lucrar ridicularizando tais criaturas até o resgate da Hammer com A Maldição de Frankenstein. É uma grande diferença. A genialidade aqui está além do humor refinado, mas no flerte honesto com o horror gótico gerando um trabalho na mesma linhagem dos de Terence Fisher, ou qualquer outro estrelado por Christopher Lee no estúdio inglês. Coincidentemente (?), seria o mesmo Polanski, com produção do tosco William Castle, que daria início a outra fase do gênero, muito mais sutil, em O Bebê de Rosemary.

A Dança dos Vampiros – The Fearless Vampire Killers or: Pardon Me, But Your Teeth Are in My Neck

- EUA 1967 De Roman Polanski Com Roman Polanski, Sharon Tate, Alfie Bass, Jack MacGowran, Ferdy Mayne 107’ Comédia


DVD - Gerações inteiras só o conhecia, como muitos outros, pelas reprises nas madrugas da Globo. Edição mais do que bem vinda por poder assisti-lo sem intervalos, vozes originais, além da tela em proporções verdadeiras. De extras o trailer original e uma engraçada curta para divulgá-lo à época chamado “Vampiros - Curso para Iniciantes”.

Cotação:

Gammera, O Monstro Invencível

Explosão atômica e os ienes de Godzilla despertaram Gammera, a tartaruga gigante! Junto com o réptil famoso e Mothra, a mariposa carnavalesca, formam a santíssima trindade dos monstros super crescidos que ameaçam Tóquio eternamente. Quem já foi criança algum dia a princípio achará tudo uma graça. Dos aviões de brinquedo, cidades inteiras miniaturizadas fingindo ser de verdade ao alerta antibélico, na cola da então vigente guerra fria, é puro nostalgia.. Sem falar do menino, que embora Gammera mande tudo ao espaço entre labaredas e porrada, ainda acredita se tratar de uma criatura boazinha. A principal curiosidade (e defeito) é que esta copia, dublada em inglês, trata-se de hibrido multinacional, tal e qual o Power Rangers da TV. Lançada no mercado americano um ano depois do japonês faz uso de enxertos com com atores americanos. E aí mora o perigo! Enquanto as cenas originais são sérias, e por isso engraçadas, o elenco ocidental está quase esbarrando no humor proposital tipo A Praça é Nossa. E a ação destrutiva que se desenrola na terra do sol nascente é relativamente pouca perto das dezenas de seqüências passadas na ONU num blábláblá que deixa o filme parecer interminável. A gente já sabe que os russos são malvados, e que Gammera é invencível pero no mucho...

Gammera, O Monstro Invencível – Daikaijū Gamera (Gammera, the Invincible)

- Japão/EUA 1966 De Noriaki Yuasa e Sandy Howard Com Albert Dekker, Eiji Funakoshi, Michiko Sugata, Harumi Kiritachi, Dick O'Neill 86’ Ficção Científica


DVD - Vem no mesmo DVD de O Alerta do Espaço, o que dá um novo sentido à expressão filme B nesta era digital. Assim como o outro tem imagem e áudio terrivelmente sofrível.

Cotação:

26 de fevereiro de 2008

Amaldiçoados

Quem tem menos de 13 anos e curte monstros vai achar Amaldiçoados um filme supimpa! Quem tem mais, vai levar um susto, não com o lobisomem, mas como Wes Craven, dirigindo um roteiro de Kevin Williamson, mesma dupla que gerou a série Pânico, gerou algo tão insosso. Tolinho, infantilizado, absurdamente iluminado, com uma overdose de efeitos digitais (o que definitivamente não combina com o gênero), ainda pode garantir algumas gargalhadas involuntárias. Embora ver Christina Ricci (a atriz que topa tudo!) como executiva entediada farejando sangue em seu escritório seja divertido no sentido trash da palavra. A pista do que poderia ter causado tal estrago está no lançamento em DVD (duplo) pela Europa Filmes. Há um mini documentário dedicado à edição, coisa não comum a filmes que não são famosos por uma montagem rebuscada. Com o mercado da venda direta a todo vapor nos EUA é pra lá de cômodo aos estúdios deixarem o diretor rodar tudo o que desejam de forma jamais imaginada na história de Hollywood. Com umas tesouradas, haverá um filme para ser exibido nos cinemas para qualquer idade, e outro (com a mesma assinatura na direção) com selo X (proibido para menores) comercializado no mercado de vídeo. Infelizmente só a versão branda chegou ao Brasil. Então, o que Wes Craven dirigiu na verdade é outro, cheio de cenas fortes e nojentas que provavelmente jamais veremos. Uma coisa que já encheu o saco, graças ao bem sucedido roteiro do mesmo Williamson para Pânico, é que todo o horror atual torna-se de mistério nos minutos finais. Qualquer tipo de reviravolta tá valendo na vã esperança de surpreender... Já sabemos que o personagem apagado, mas cujo ator tem seu nome nos créditos iniciais, apenas três cenas e algumas frases proferidas com olhos arregalados é o grande assassino no final.

Amaldiçoados – Cursed

- EUA 2006 De Wes Craven Com Christina Ricci, Joshua Jackson, Jesse Eisenberg, Judy Greer, Scott Baio, Milo Ventimiglia, Shannon Elizabeth 97’ Horror


DVD - A embalagem mais legal que já vi! Vem com uma luva de papel a protegendo com uma arranhada, como se um lobisomem a tivesse manipulado, causando rasgos vazados. Mas o material extra é uma coisa suspeita. No primeiro disco é só o filme com 1 hora e meia de duração, e no segundo uns 4 documentários curtos e algumas cenas deletadas. Ou seja, não justifica ser duplo, além de ser motivo para encarecer o produto.

Cotação:

Anjos da Broadway

Filminho B de gangster rodado à moda Frank Capra. Dois trapaceiros, Rita Hayworth e Douglas Fairbanks, Jr., trabalharão literalmente como anjos para que executivo não cometa suicídio. Há também Thomas Mitchell (o pai de Scarlett O’Hara)vivendo produtor teatral fracassado de coração mole, uma espécie de “Deus”, a favor da redenção. Com premissa interessante e desenrolar banal, consegue alcançar certo suspense nos momentos finais. Sua ingenuidade cristã fora de moda o mantém agradável de ser assistido superando falhas do tipo não haver externas, erros de continuidade e os costumeiros parcos recursos da Columbia Pictures. Produtora conhecida entre os grandes estúdios como “A Pobretona”, porque, até ser comprada nos 80 pela Sony, investia muito pouco financeiramente. A própria dançarina Margarita Cansino, transformada em Rita Hayworth, sua principal estrela, em anos de contrato jamais recebeu aulas de canto. Por economia optavam pela dublagem quando necessário. Vale também, lógico, para se ver a atriz antes de se tornar a imortal Gilda, ainda tão insegura, mas já maravilhosa.

Anjos da Broadway – Angels Over Broadway

- EUA 1940 De Ben Hecht Com Rita Hayworth, Douglas Fairbanks, Jr., Thomas Mitchell 79’ Drama


DVD - O resumo na contracapa parece ter sido escrito por aluno da 5ª série como prova de redação e a imagem full frame às vezes parece danificada. Há 3 trailers originais, embora nenhum de Angels Over Broadway. Bacana ter o de Gilda, porque evidencia o abismo na interpretação da atriz entre eles.

Cotação:

24 de fevereiro de 2008

Garganta Profunda

Uma ex engolidora de espadas estrela o chamado ...E O Vento Levou da sacanagem! Exageros á parte não há filme pornográfico de tamanha influencia na cultura mundial do que esta gema, rodada em 6 dias, financiada por família mafiosa, além do futuro astro Jack Nicholson, responsável pelo ponta pé inicial na bilionária industria pornográfica dos EUA. Linda Lovelace tornou-se a celebridade em maior número de capas de revista daquele ano, o que é de se estranhar ter morrido em acidente de carro há pouco tempo em completo anonimato. Passou seus últimos anos como uma pacata moradora de Long Island (NY) chegando a publicar um livro denunciando ter sido violentada e drogada nas filmagens. O que contrasta com seu desempenho bem à vontade como a garota que faz verdadeira cruzada para saber por que não sente orgasmos. Caberá a um médico (tamanho G) descobrir que o clitóris da moça se esconde na garganta. Voilá! Bondosa transformará sua anomalia em bem estar geral da galera!!! Até finalmente ouvir os sinos badalarem ou fogos de artifício explodirem. Enfim, uma garota feliz! O que não falta são críticas à sociedade de consumo, à liberdade feminina (mesmo de forma tosca) de procurar prazer por conta própria e muito humor. Como x-rated, é datado como qualquer filme de horror com mais de vinte anos. Ambos os gêneros assumem com o tempo, não raro, valor muito mais histórico do que cinematográfico. Leva vantagem sobre as atuais produções porque é um filme de verdade, inclusive com história de relativo interesse e o elenco todo muito feio, mas de aparência verdadeira. Quem tem pêlo tem pêlo, quem tem peitão tem peitão e viva a natureza!

Garganta Profunda – Deep Throat

- EUA 1972 De Gerard Damiano Com Linda Lovelace, Harry Reems, Dolly Sharp, William Love, Gerard Damiano, Carol Connors 61’ pornô


DVD - Um “Edição Especial” impresso no topo da capa sugere que há outra edição simples além de ser polpuda em extras. Nunca vi outra além desta da Planet Sex, que distribui fimes hardcore em bancas de revista e os extras se resumem a biografias e galeria de fotos... A imagem (“totalmente remasterizada” conforme está estampado) possui qualidade duvidosa, mas pelo menos não é como a edição em VHS que tinha legendas amarelas sobrepondo as brancas.

Cotação:

Possessão

A difícil arte de amar mostrada mais desagradável do que ás vezes podemos suportar! Isabelle Adjani com seu rosto de mármore, xinga, grita, sapateia e aborta todos os seus anseios de fêmea inatingída a ponto de ser laureada com o prêmio de melhor atriz em Cannes. Quando a vemos de forma tão degradante, depois de se ajoelhar a uma imagem de Jesus provavelmente implorando por seus pecados, não há como não aplaudi-la também. Desconstrói o clichê da adultera feliz de forma cadenciada, deixando os homens da sua vida tão perplexos quanto nós! O repelente monstro que pari pode devorar todos a sua volta, quase como a planta carnívora de A Pequena Loja de Horrores, e ainda lhe exigir sexo como qualquer fantasma que exige segredos solitários, amortecimentos de culpa. Este hit cabeça do inicio dos 80 chega a ser em alguns momentos confuso e arrastado, mas há atores sérios e fotografia fascinantemente moderna para nos deixar acordados. Tão impressionante e forte, seja como drama intimista, seja como filme de horror, que se mantém na mente por dias a fio. O mais triste é concluirmos que não há filme mais realista sobre separações! “Se eu soubesse que ia acabar assim!”.

Possessão – Possession

- França/Alemanha 1981 De Andrzej Zulawski Com Isabelle Adjani, Sam Neill, Margit Carstensen, Heinz Bennent 123’ Drama/Horror


DVD - Versão americana com alguns minutos a menos que a européia. Está com uma qualidade de imagem espetacular, cristalina, com a paleta de tons e contrastes da fotografia. De bônus o trailer americano e europeu e algum texto. E que hilária diferença: No primeiro parece ser um filme de horror, no outro um dramalhão pessoal. Chora-se a falta de legendas na faixa de comentários do diretor, o que ajudaria em muito, a compreender um trabalho tão simbolista.

Cotação:

23 de fevereiro de 2008

O Retorno dos Tomates Assassinos

Ser verdadeiramente péssimo não é tarefa pra qualquer um! Mas a continuação de O Ataque dos Tomates Assassinos se empenha ao máximo. Pelo menos não tem aquelas intermináveis discussões militares do antecessor, e ainda conta no elenco com George Clooney, então só um ex adolescente de vergonhoso mullet, tentando comer garotinhas fingindo ser Rob Lowe. Funciona como retrato dos anos 80, já que todos os hábitos culturais mais bizarros da época são satirizados. Da febre de aparecer na TV a todo custo aos merchandisings ininterruptos, nada escapa! A propósito, quando Clooney cadastra mocinhas pra um concurso para jantarem com Lowe, deixa claro que ser menor de idade ajuda na disputa. Tara, a mulher tomate entrou aos anais como a coisa mais inexpressiva da tela grande. Uma verdadeira interpretação vegetal!!! É a segunda mais terrível invenção do Professor Gangreen... A primeira, claro, fica sendo o exército de Rambos gerados a partir da transmutação de tomates! Pra quem agüentar assistir até o fim, há uma das coisas mais estúpidas e hilárias. Quando começam os créditos finais aparece uma velhinha perguntando pra platéia aonde pensa que está indo. O filho dela e mais um monte de gente deu um duro danado pra fazer aquele filme, leiam pelo menos seus nomes!

O Retorno dos Tomates Assassinos – Return of the Killer Tomatoes!

- EUA 1988 De John De Bello Com George Clooney, Anthony Starke, Karen Mistal, John Astin 98’ Comédia


DVD - Cada dia aparece uma distribuidora pequena lançando, sabe Deus como, absolutamente de tudo. Uma tal Weekend o colocou no mercado sem extras e, como sempre nestes casos, com o filme distribuído em poucos capítulos, além de imagem em tela cheia, mas neste caso há de se importar?

Cotação:

Clube dos Pervertidos

Triste quando um dos nossos diretores favoritos aparece com algo relativamente ruim! John Waters apontou sua metralhadora para o pudor sexual da classe média (como sempre a de Baltimore) para ser o antigo príncipe do mau gosto. O resultado foi sua película mais radical desde Polyester de 1982, mas com jeito de pirraça infantil pra chamar atenção, um esforço colossal para chocar. Inúmeras “filias” vão sendo expostas na tela enquanto a recatada Silvia (Tracey Ullman, uma sósia do finado Ronald Golias), torna-se verdadeira papisa da pouca vergonha chegando a dançar na boquinha da garrafa. Em contrapartida, sua velha mãe conclama aos cidadãos de bem a formarem uma brigada pela decência. Numa crescente, no universo onde pessoas aparentemente de bem depilam a virilha e fotografam seus órgãos sexuais, espere por quase uma A Noite dos Mortos Vivos com viciados em sexo no lugar de zumbis! É engraçado em muitos pontos, mas falta o mesmo brilhantismo de Mamãe é De Morte, ou Cecil Bem Demente, que também eram engraçados, fortes e no fim do roteiro bem acabado, a mensagem se impunha pelo raciocínio, não pelo choque gratuito. De qualquer forma, é um filme querido, porque de depois de tantos filmes do cineasta a gente vai se familiarizando com as ruazinhas suburbanas, o elenco secundário tão fiel e algumas piadas de humor negro típicas. “Eu não sou puritana, sou casada com um italiano! Mas estou enojada!”, diz a pobre dona de casa que mora perto da casa dos gordos peludos, os ursos praticantes de sexo no quintal. Numa noite precisou sair batendo palmas gritando: “No blowjobs!”. O personagem de Selma Blair possui algo do velho Waters, a ninfomaníaca de seios gigantescos presa em seu quarto com direito a tornozeleira de controle policial, mas aparece pouco. Ah sim, ainda aprende-se inúmeras taras inimagináveis como banho turco!

Clube dos Pervertidos – A Dirty Shame

- EUA 2004 De John Waters Com Tracey Ullman, Selma Blair, Johnny Knoxville, Mink Stole, Patty Hearst 89’ Comédia


DVD - Os filmes de John Waters são preciosidades no Brasil. Gemas raras só achadas ao acaso. Fora alguns festivais, o último a ser lançado comercialmente nos cinemas foi Mamãe é De Morte, no inicio da década passada. Pecker, eu nunca vi nem pra vender em DVD! Reza a lenda que o SBT costuma exibi-lo nas madrugadas. De costume saem em edições pobres de extras, não raro em podre tela cheia (como este Clube dos Pervertidos) e tiragem muito pequena. Neste há alguns trailers, mas nenhum do próprio filme, e nem sinal do elogiado documentário que saiu na edição americana, com o elenco comentando as perversões sexuais mostradas no filme.

Cotação:

A Coisa

Substância cremosa branca, achada ao acaso, é comercializada em potes como se fosse o sorvete Jundiá e consegue imenso sucesso. Pouco a pouco consumirá o cérebro dos desavisados. Com efeitos simples, mas eficazes, esta mistura de Invasores de Corpos e A Bolha vai muito bem até a segunda metade, quando o elenco parece cair em si da bobagem a qual está participando e leva tudo na brincadeira. Tem cenas sérias que eles chegam a esboçar sorrisos! Dirigido por Larry Cohen, mais famoso por ter dado cria ao trash Nasce um Monstro, consegue de forma inteligente criticar o vale tudo da indústria alimentícia. Detalhe, em 1985 foi quando historicamente a Pepsi resolveu peitar a Coca-Cola em feroz campanha publicitária. A Coisa, satirizado no humorístico TV Pirata, é parte da memória afetiva de muita gente. Na década de 80, nos primórdios do SBT (então TVS), fez parte do pacote dos únicos filmes que o canal possuía. Era exibido inúmeras vezes na Sessão das Dez após o Show de Calouros revezando com títulos do porte de Bem Vindo Ao Lar Bobby, sobre o despertar de um garoto gay, e O Segredo de Kate, drama de uma dona de casa com bulimia. Todos viravam assunto recorrente na hora do recreio da segunda-feira.

A Coisa – The Stuff

- EUA 1985 De Larry Cohen Com Michael Moriarty, Andrea Marcovicci, Paul Sorvino, Danny Aiello 87’ Suspense


DVD - A capinha tem um verde limão bonito que meu scanner não conseguiu reproduzir! De extra só texto com sinopse, que nunca se sabe pra que serve, e biografias de um ou outro quase famoso do elenco. Pelo menos o filme está com excelente imagem em widescreen.

Cotação:

22 de fevereiro de 2008

Loucos do Alabama

Coube a um ator espanhol dirigir esta história americana até o osso, com o instinto da liberdade saindo por todos os poros dos personagens em um escaldante verão 60’s! Antonio Banderas ficou longe de fazer feio em sua estréia nesta função, embora cinematograficamente seu filme está longe de ser extraordinário. É bonito, sensível e sua esposa Melanie Griffth está graciosa como a dona de casa a beira de um ataque de nervos que mata o marido, arranca-lhe a cabeça e parte para Hollywood atrás de seus sonhos. Paralelamente discutem-se os direitos civis dos negros na década de 60, o que sempre emociona, mas já foi muito explorado. Todas as possibilidades bizarras do roteiro também foram timidamente omitidas, evidenciando a inexperiência do ator atrás das câmeras na hora de transitar entre gêneros dentro de uma mesma película. No geral não irrita, mas também não empolga... O próprio argumento em si não ajuda, porque mesmo Griffth usando sua eterna persona meiga a todo vapor, sabe-se que não adianta torcer por ela se dar bem como estrela hollywoodiana com todos aqueles antecedentes no desenrolar da trama.

Loucos do Alabama – Crazy in Alabama

- EUA 1999 De Antonio Banderas Com Melanie Griffth, Lucas Black, David Morse, Robert Wagner, Cathy Moriarty 113’ Drama/Comédia


DVD - Até os trailer estão legendados em português... A gente chega a desconfiar de tamanha caridade! Banderas aparece para comentar as cenas deletadas com certo brilho no olhar de quem não tem certeza do que faz ali. Há duas faixas de comentários, uma com diretor e a outra com a atriz entre outros mimos.

Cotação:

O Ladrão de Cadáveres

Produto típico da Monogram Films, produtora especializada em filmes de orçamento sofrível e de pouca duração para serem usados como seções B nos cinemas pós-guerra. Tornou-se com o passar do tempo um Cult movie involuntariamente risível pelo seu sensacionalismo barato e claro, a presença de Bela Lugosi repetindo seus pressupostos tiques assustadores. Ele é o Dr. Lorenz, mezzo cientista louco, mezzo vampiro que coloca em prática um plano de misteriosamente matar noivas no altar. Seus corpos (virginais) serão usados em prol da ciência. Leia-se roubar algo do pescoço para rejuvenescer sua amada esposa, uma condessa bem irritadiça. Como 99% dos filmes policiais da época, caberá a uma intrépida jornalista, em vias de ser demitida, solucionar o caso e de brinde arrumar um marido para si. Ao explicar a naturalidade de se dormir em um caixão vê-se no rosto de Lugosi o prazer em confirmar que o Drácula eterno é ele, canastrão, mas apaixonante. A história é envolvente, com os personagens agindo como se fossem completos idiotas sem rumo. Falando em idiotas, o clã de comparsas é de se tirar o chapéu: Além da condessa, uma velha chorona com dois filhos, um deficiente mental e o anão Angelo Rossito, de Freaks. Como curiosidade, o laboratório é espantosamente parecido com o usado também por Lugosi em A Noiva do Átomo. Outra semelhança com o filme de Ed Wood está quando o deficiente mental tentar abusar de uma noivinha (necrofilia!!!) e leva umas boas chicotadas do doutor.

O Ladrão de Cadáveres – The Corpse Vanishes

- EUA 1942 De Wallace Foce Com Bela Lugosi, Luana Walters, Tristam Coffin, Elizabeth Russell, Angelo Rossito, Minerva Urecal 63’ Horror


DVD - A gente gosta da Works DVD e seu selo DarkSide, mas ela não gosta da gente! Situada em Jundiaí, interior de São Paulo, teve a ousadia de há alguns anos lançar revista especializada em filmes de horror que vinha com DVDs de raridades encartados. Abandonou o projeto e se dedicou a distribuir por aí apenas os filmes, em edições de qualidade, com alguns extras, capinhas e menus caprichados, etc. Hoje vive de colocar no mercado coisas baixadas da internet com copyrights vencidos. De tamanha irregularidade em seu profissionalismo sobram reclamações de fãs e lojistas. É impossível saber com exatidão onde comprá-los!!! Seu site tem o frete mais caro de todos os sites de DVDS, num verdadeiro abuso da boa fé do consumidor. Mesmo morando em Jundiaí, adquiri-los através da própria empresa só é possível via frete, fazendo com que custem uma pequena fábula, praticamente dobrando o valor. Como pode uma empresa cobrar preços infinitamente mais caros que lojistas? Pessoalmente, desconfio sofrer do mal de muitas empresas interioranas, com cargos distribuídos entre parentes e amigos próximos, á espera que os milhões caiam sobre suas cabeças... Mas a gente torce por vocês!

Cotação:

Pequenos Espiões

Muitos diretores inventivos a certa altura da vida esbarraram na armadilha de querer fazer filmes para que seus filhos vejam. Projetos para “toda família” quase sempre são pleonasmos para muita água com açúcar, mensagens engrandecedoras, porém, de resultado geral tolo. A classe média americana, gorda de tanto mandar brasa em seus calóricos Big Macs, simplesmente adora! E lá se vai um ex quase gênio da tela grande. Deu certo calafrio saber que o novo trabalho de Robert Rodriguez, o inventivo autor de El Mariachi, era direcionado aos petizes! Mas que grata surpresa! Não há aquela visão estúpida que adultos têm de crianças. É quase como se Charles Schulz, o criador do Snoopy, tivesse criado um filme de espionagem... Os inúmeros efeitos especiais não ofuscam os atores ou tentam disfarçar falhas do roteiro, rocambolesco o suficiente para não dar espaço às melancolias baratas. Há uma idéia, de que a família pode ficar junta preservando a individualidade de cada um, e isso será provado durante uma história cheia de adrenalina. Foi um fabuloso começo!

Pequenos Espiões – Spy Kids

- EUA 2001 De Robert Rodriguez Com Alexa Vega, Daryl Sabara, Antônio Banderas, Carla Gugino, Alan Cummig , Cheech Marin, Danny Trejo, Tery Hatcher 88’ Aventura


DVD - Lamentavelmente a Imagem Filmes distribui no Brasil filmes da Miramax... E como sempre, aqui também optou por imagem em Fullscreen, o que além de tirar muito da graça dos enquadramentos propositadamente antiquados (como qualquer filme de espionagem 60’s que se preze) ainda expõe algumas falhas do Chromackey. Há alguns extras, mas nem de perto lembram os DVDs de filmes de Rodriguez lançados depois pela Columbia. A máxima falta de nexo foi a inclusão do trailer de Didi e A Luz Azul. Duvideodó que uma criança inteligente que assista a Pequenos Espiões vá querer ver esse trash brazuca.

Cotação:

Pequenos Espiões 2 - A Ilha dos Sonhos Perdidos

Os irmãos Carmen e Juni Cortez cresceram mais um pouco e tornaram-se dois espiões respeitadíssimos na sua agência. Mas não foram só eles! Muito mais maduro Robert Rodriguez chega quase ás raias da genialidade em se tratando de um filme direcionado às crianças!!! Dá saudades daqueles filmes que passavam ininterruptamente na Sessão da Tarde da década de 80. Os monstros digitais são tão marcantes quanto os em stop motion que a gente viu em clássicos como Fúria de Titãs, As Sete Faces do Doutor Lao, O Mágico de Oz, Jasão e o Velocípede de Ouro, entre muitos outros! A pista principal está no título, uma óbvia alusão a criança abandonada por todos nós ao conseguirmos nossos 32 dentes de que nos são de direito! Volta-se a sonhar com cientistas loucos, seres mitológicos, o poder da mente perante recursos externos, civilizações perdidas, naves espaciais e a possibilidade de que há sempre um mundo mais prazeroso... É o melhor da trilogia, de roteiro melhor acabado e de uma falta de maniqueísmo desconcertante. Irresistível não aderir aquele clichê: “Imperdível! Um filme para todas as idades”. Até porque, deve-se ser inteligente o suficiente para mantermos todas as idades dentro da gente...

Pequenos Espiões 2 - A Ilha dos Sonhos Perdidos – Spy Kids 2 The Island of Lost Dreams

- EUA 2002 De Robert Rodriguez Com Alexa Vega, Daryl Sabara, Antônio Banderas, Carla Gugino, Alan Cummig , Cheech Marin, Danny Trejo, Ricardo Montalban, Mike Judge, Steve Busceni 99’ Aventura


DVD - As costumeiras faixas de áudio de Rodriguez sempre são inspiradoras pelo desprendimento em que revela alguns segredos. Temos mais um curta que ele normalmente coloca nos DVDs de seus filmes chamados “Escola de cinema em 10 minutos”, além de inúmeros making offs, cenas deletadas, erros de gravação e uma visita à casa de Alexa Veja, a atriz preferida de muitas crianças. Aliás, há um vídeo clip com ela cantando a música tema do filme já exibido nos créditos finais.

Cotação:

Pequenos Espiões 3D – Game Over

Seria toda a terceira parte das trilogias cinematográficas defeituosas? Este é um dos filmes mais mal acabados do diretor, com sua existência apenas para justificar a série como trilogia e exibir os inventos tecnológicos do cineasta. Provavelmente sem Pequenos Espiões 3D Game Over não teríamos obras primas como Sin City. Passado boa parte em cenários virtuais, torna-se bastante maçante e ainda possui um péssimo ator como Stallone de vilão convertido em três personagens. Bastante econômico, agora a história é protagonizada apenas por Juni Cortez, que entra dentro de um vídeo game para resgatar sua irmã Carmen. Nós deste lado precisamos usar aqueles óculos de papelão com “lentes” verde e vermelha para acompanhar satisfatoriamente tudo o que acontece na tela, mas nem sempre o efeito tridimensional funciona, nem se explica como uma pessoa que já usa óculos de verdade pode os usar... Bacana quando o menino (ótimo!) precisa escolher um membro da família para ajudá-lo na aventura e opta pelo avô tetraplégico. Dentro do game o ator Ricardo Montalban, deficiente de verdade, volta a andar graças aos efeitos digitais bastante satisfatórios, e ao sair do jogo, com a possibilidade de perder tais funções pede ao neto que continue olhando pra ele como um herói, mesmo na cadeira de rodas.

Pequenos Espiões 3D – Game Over – Spy Kids 3D Game Over

- EUA 2003 De Robert Rodriguez Com Alexa Vega, Daryl Sabara, Antonio Banderas, Carla Gugino, Sylvester Stallone, Alan Cummig , Cheech Marin, Danny Trejo, Ricardo Montalban, Mike Judge, Steve Busceni, Salma Hayek, George Clooney 85’ Aventura


DVD - Com toda a história existindo apenas para se brincar com o 3D ainda há uma versão em disco simples lançada no mercado sem este recurso. O que só piora tudo! O lançamento duplo vem com dois óculos de papelão importados com o logo da Troublemaker Studios, o que acho chique pra caramba! No primeiro disco a versão 2D e os extras, e no segundo disco a 3D, com o efeito funcionando até jogo Mega Race, um dos mais legais a explorarem as possibilidades do DVD. Os outros bônus são faixa de áudio, mais um “Escola de Cinema em 10 Minutos” e três clipes de Alexa Vega cantando ao vivo na pré estréia.

Cotação:

21 de fevereiro de 2008

Interstella 555 – The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem

Cinco amigos de uma galáxia distante passam o tempo tocando música até que empresário ganancioso os seqüestra para ganhar inúmeros discos de ouro no Planeta Terra. Com este argumento de ficção científica chinfrim concretizou-se um dos projetos mais ousados da atualidade, praticamente o último filme mudo que se tem notícia. E é anda por cima é um musical em desenho animado gerado a partir de um disco de música eletrônica... Pagou seu preço como exercício ante a estável narrativa verbal cinematográfica, sendo recebido com extrema frieza depois do hype gerado pelos quatro clipes do Daft Punk que o antecederam. Tendo no comandado o mestre Leiji Matsumoto (do animé clássico Patrulha Estrelar), o longa dá continuidade aos “capítulos” lançados a cada nova faixa de trabalho do álbum Discovery, assim como qualquer canção pop em épocas de MTV. Ferramenta ideal para se criar super stars como os pobres Crescendolls da película. Não é realmente fácil de ser assistido! Por mais que o visual seja detalhadíssimo, e o estilo das cores e traços vulgarmente combinarem com o som 70’s a falta de diálogos o faz funcionar muito melhor para ser o DVD que fica rodando enquanto a gente faz alguma coisa do que filme em si para ser visto no cinema. Pelo menos o que se olha de relance proporciona quase uma alegria infantil!

Interstella 555 – The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem

- França/Japão 2003 De Kazuhisa Takenouchi 65’ Musical/Animação/Ficção Científica


DVD - Tal e qual um CD de áudio, lançado praticamente idêntico ao que foi lá fora. O que explica os menus estarem só em inglês e francês. Há um batalhão de extras, e os menus randômicos completam o clima retrô high-tec do filme. Muito ruim os botões que dão acesso ao material bônus não conterem descrições em texto do que se trata... Bacana a seleção de capítulos parecendo um jukebox: Não se precisa ver o filme em tela cheia, mas no topo deixando todas as outras cenas (clips) á disposição.

Cotação:

20 de fevereiro de 2008

Sapatos Vermelhos

Filmes de horror coreanos começam a demonstrar sinais de cansaço. Este por exemplo deixa evidente que malandramente segue uma fórmula: Argumento inteligente (com base na fábula clássica de Hans Christian Andersen), fotografia belíssima, sustos aqui e ali, e um final surpresa. Reeditado, sem tanta gratuidade talvez se tornasse interessante, porque essa coisa de assustar com imagens fortes, muitas de gosto duvidoso, é o caminho mais fácil que se pode esperar. Mas pior que isso é o final forçado, sem justificativas, difícil de ser engolido. Parece que só se chega aquele ponto pra surpreender o telespectador, não para finalizar um roteiro. Tudo muito caretinha, tudo muito premeditado... Demora-se a não gostar do trabalho final porque o argumento realmente é engenhoso. Poucas vezes viu-se nas telas uma das facetas femininas mais bizarras, que é o tesão em comprar sapatos incansavelmente. Mesmo com dois pés (na melhor das hipóteses) elas se empenharão a ter centenas de pares! Em Sapatos Vermelhos, sempre que alguma encontrar um misterioso par de sapatos (rosa!) farão as maiores baixezas para possuí-los. Possessão por possessão, o calçado falará mais alto, já que há um mistério no passado os envolvendo. Ok, lendo isso dá para imaginar um fascinante estudo sobre a vaidade das mulheres, o resguardo do que é valioso, mas estamos falando de um filme de horror coreano, então lá se vão aqueles clichês citados acima...

Sapatos Vermelhos – Bunhongsin (The Red Shoes)

- Coréia 2005 De Yong-gyun Kim Com Hye-su Kim, Seong-su Kim, Yeon-ah Park, Su-hee Go, Eol Lee, Hyon-Jin As 103’ Horror


DVD - A Europa está empenhada em lançar estes filmes asiáticos em edições bem luxuosas, duplas, com luva e embalagem em papel especial. Mas é preciso mais cuidado no material do conteúdo. Os extras sempre estão praticamente jogados em menus estáticos. Parece que eles recebem os arquivos e se preocupam em colocá-los nos discos de qualquer jeito, com muito menos capricho do que o visto na embalagem. Há bastidores, demonstração de efeitos digitais, trailer e versão mp4 dublada em português. Detalhe, está indicado uma faixa de áudio do diretor comentando o filme, mas na verdade é com diretor, produtor e atriz principal.

Cotação:

A Filha de Netuno

Exemplo puro de como Hollywood sabe trabalhar com estereótipos. Esther Williams é a durona empresária norte americana do ramo dos maiôs (óbvio!) que tem dores de cabeça familiares. Sua irmã adolescente, louquinha para dar (!!!) amor acabará se entregando a um massagista virgem que mente ser famoso sul americano jogador de pólo. Caberá à irmã mais velha tomar satisfações ao conquistador, só que ao verdadeiro, interpretado pelo galã latino Ricardo Montalban. A junção das palavras “norte americana” e “sul americano” já pressupõe alguns números de rumba, salsa, merengue e todo um povo caricaturalmente mostrado de forma machista e festeira. Mas trata-se só de uma pequena bobagem romântica dos estúdios Metro com belas garotas de maiô e canções com qualidade acima da média. Toda a latinidade fake não compromete o entretenimento, compreendendo a época em que foi feito. Betty Garret (a garota nem tão garota assim) chega a imitar os movimentos de Carmen Miranda (a grande sensação do momento) em um número. Red Skelton, o massagista mentiroso, é o ponto fraco com seu humor circense entre Chaves e Didi Mocó, destoando de todo o glamour imposto pela dupla central. Montalban, atualmente em uma cadeira de rodas (como foi visto vivendo o avô em Spy Kids 3D) me fez lembrar o que a jornalista Dulce Damasceno de Brito disse a seu respeito. Ele sempre teve deformidade em uma das pernas, mas nem por isso deixou que o limitasse a pegar papeis com números de dança. Realmente não se percebe! Sua nacionalidade no filme é Sul Americana, como se o continente em si fosse um país embora seus ajudantes atrapalhados, quase burros, se vestem como argentinos. Só que no número aquático final há algumas faixas verdes e amarelas que se combinam com outras vermelhas e azuis antes do casal mutli regional dar seu beijo de happy end. Arriba!

A Filha de Netuno – Neptune’s Daughter

- EUA 1949 De Edward Buzzell Com Esther Williams, Ricardo Montalban, Red Skelton, Betty Garret, Xavier Cugat e sua Orquestra 93’ Musical


DVD - Medo! Selo Flash Classics com a assinatura de Amaury Junior e tudo! E sempre que você coloca o disco é obrigado a ver a abertura do programa dele com aquele monte de celebridades trash ao som do famigerado hit disco transformado em seu jingle há décadas. O DVD em si está com a imagem bem ruim, parecendo VHS, e os extras referentes ao filme são alguns textos. O que gostei foi da inclusão de dois Soundies, coisa que jamais tinha ouvido falar! Trata-se do tataravô dos vídeoclips que nos anos 40 eram exibidos em lugares públicos através de máquinas parecidas aos jukeboxes. Um dos presentes aqui é com Yvonne DeCarlo, muito antes de ser a Lili no seriado Os Monstros.

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19 de fevereiro de 2008

De Volta Para O Futuro

A grande sacada desta aventura é ter como base o fetiche de todo adolescente em imaginar como eram seus pais quando tinham a sua mesma idade. Michael J. Fox é o sortudo em questão que acidentalmente terá essa vontade saciada indo parar exatamente na época em que seus pais estão para se conhecer. Como em toda filme produzido por Hollywood no inicio dos 80 espere para que mal entendidos gerem inúmeras situações absurdas tal e qual as películas da década de 30. A primeira vez que assisti era criança, não adolescente, e achei burro ele ir ao passado sendo que o título falava em futuro. No mínimo deveria ser De Volta Ao Presente! Minha opinião a respeito não mudou, embora esteja maduro o suficiente para isto não atrapalhar meu julgamento sobre um trabalho engenhosamente bem executado. Tão impecável que a viagem temporal torna-se absolutamente crível! O desconforto é o mesmo de qualquer outro produzido por Spielberg: É tanto esforço gasto no espetáculo técnico que os atores estão à deriva. Se Michael J. Fox convence como adolescente peralta, Christopher Lloyd está digno para animar festas infantis e Thomas F. Willson, como o vilão Biff, estridente demais para quem tem certeza do que diz... Há um descompasso assombroso nas interpretações e isto prejudica o resultado final a quem prestar mais atenção ou for mais exigente. É a técnica em atrito à arte, ao humano. O fim virou uma pérola dos materialistas anos de Ronald Reagan no poder, quando se acreditava que apenas os yuppies de gravata e carrão na garagem é que eram felizes.

De Volta Para O Futuro – Back To The Future

- EUA 1985 De Robert Zemeckis Com Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson, Crispin Glover, Thomas F. Willson 115’ Ficção Científica


DVD - Toda a trilogia foi comercializada em Box ou DVDs simples separados. Recentemente foi relançada em um Box diferente, daqueles em que todos os discos são acomodados em estojo de espessura igual a um comum. É estranho e desconfortável manuseá-los, mesmo com a vantagem de ocupar menos espaço na estante. Cada filme vem com os (muitos) extras iguais, mas específicos para cada um, sendo que os dois primeiros contêm making off da época e um atual. De resto, destaque para erros de gravação e algumas cenas deletadas. No menu principal chama atenção a imagem em movimento do notório relógio da prefeitura (sim, aquele danificado por um raio em 1955). Dependendo do filme aparece, assim como o designer do menu, nos respectivos anos 1985, 2015, 1885.

Cotação:

18 de fevereiro de 2008

De Volta Para O Futuro Parte II

Vistos logo em seguida, há várias discrepâncias com o filme anterior. Ele começa do mesmo ponto em que parou o outro, mas foi feito na verdade com mais de quatro anos de diferença. Portanto, nos deparamos de cara com a futura ganhadora do Oscar Elisabeth Shue, no papel de namorada de Michael J. Fox, usando uma peruca ajeitada por algum cabeleireiro de mau humor. A atriz original recusou os trabalhos para cuidar de sua mãe doente. A decepção fica no futuro vislumbrado: 2015 são muito mais 80 do que minha memória havia guardado e aparecem pouco. E que época estranha onde só há Pepsi! Repare na gracinha que está Elijah Wood (O Frodo de O Senhor dos Anéis), na cena do bar temático, com uns 7 aninhos. Mesmo com personagens já conhecidos, a história não é muito diferente, apenas com mais reviravoltas. Se há mais do mesmo, a ação, como reza a cartilha de qualquer seqüência Hollywoodiana, é freneticamente superior. As interpretações infelizmente continuam díspares, com cada ator parecendo fazer seu próprio filme. Aliás, Fox está constrangedor como sua filha. Fica-se na dúvida se é filha ou McFly terá um filho transex! Ao voltar à década de 50 o roteiro esbarra na genialidade, quando o herói tem contato com o eu dele vivenciando os acontecimentos do filme anterior. Em contrapartida, mesmo se assumindo quase como um desenho Looney Toons, há soluções fáceis demais e a correria ininterrupta do roteiro não consegue disfarçar alguns furos.

De Volta Para O Futuro Parte II – Back To The Future Part II

- EUA 1989 De Robert Zemeckis Com Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson, Crispin Glover, Thomas F. Willson, Elisabeth Shue 108’ Ficção Científica


DVD - Toda a trilogia foi comercializada em Box ou DVDs simples separados. Recentemente foi relançada em um Box diferente, daqueles em que todos os discos são acomodados em estojo de espessura igual a um comum. É estranho e desconfortável manuseá-los, mesmo com a vantagem de ocupar menos espaço na estante. Cada filme vem com os (muitos) extras iguais, mas específicos para cada um, sendo que os dois primeiros contêm making off da época e um atual. De resto, destaque para erros de gravação e algumas cenas deletadas. No menu principal chama atenção a imagem em movimento do notório relógio da prefeitura (sim, aquele danificado por um raio em 1955). Dependendo do filme aparece, assim como o designer do menu, nos respectivos anos 1985, 2015, 1885.

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De Volta Para O Futuro Parte III

É o patinho feio da trilogia, não porque seja muito inferior aos anteriores, mas porque com a ação se passando no Velho Oeste se cai na real do quão norte americanas e distantes são as aventuras do jovem McFly. Se nos já globalizados 80 éramos todos, de certa forma, muito parecidos, um bang bang (gênero fora de moda reabilitado na época por êxitos como Dança com Lobos e Os Imperdoáveis) expõe o distanciamento cultural. É como se aquilo tudo não nos disse-se nada. Ou sei lá, poderia se passar em marte! Diminui a magia imaginativa de podermos estar lá também! O cientista louco de Christopher Lloyd, mesmo careteiro e insuportável, agora conduz a ação e até chega a ganhar uma esposa. Assim tira-se qualquer suspeita da amizade daquele velhote com o garoto. É bacana em um momento crucial a solução vir de uma cena clássica de faroeste assistida por Fox na Parte II, quando ele foi aos 1985 alternativos. Era só um detalhe besta no outro filme, mas coube inteligentemente aqui! As cenas de correria a cavalo são puro Indiana Jones, não deixando suspeitas de quem está por traz de ambos os filmes. E películas com finais duplos sempre decepcionam, né? É difícil de engolir um trem voador como máquina do tempo, embora os produtores ainda quisessem lucrar posteriormente com uma série em desenho animado.

De Volta Para O Futuro Parte III – Back To The Future Part III

- EUA 1990 De Robert Zemeckis Com Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Mary Steenburgen, Lea Thompson, Thomas F. Willson, Elisabeth Shue 118’ Ficção Científica


DVD - Toda a trilogia foi comercializada em Box ou DVDs simples separados. Recentemente foi relançada em um Box diferente, daqueles em que todos os discos são acomodados em estojo de espessura igual a um comum. É estranho e desconfortável manuseá-los, mesmo com a vantagem de ocupar menos espaço na estante. Cada filme vem com os (muitos) extras iguais, mas específicos para cada um, sendo que os dois primeiros contêm making off da época e um atual. De resto, destaque para erros de gravação e algumas cenas deletadas. No menu principal chama atenção a imagem em movimento do notório relógio da prefeitura (sim, aquele danificado por um raio em 1955). Dependendo do filme aparece, assim como o designer do menu, nos respectivos anos 1985, 2015, 1885.

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Procura-se Susan Desesperadamente

Madonna é Susan, a vagabunda simpática vestida como rameira barata. Rosanna Arquette é Roberta Glass, dona de casa novo-rica entediada com seu pacato cotidiano doméstico. Ambas se encontrarão no East Village, onde suas vidas se entrelaçarão em uma espécie de O Príncipe e O Mendigo pop punk. Tudo está graciosamente fora de moda, talvez muito mais divertido do que na própria época em que foi feito. Dizem que é o único filme onde Madonna funciona porque na verdade é ela mesma que vemos, ou a moldura que foi criada para vender seus discos em princípio de carreira. A verdade é que embora sua imagem seja forte, quem conduz a trama é Arquette, uma atriz de verdade. A cantora só aparece aqui e ali, hora fumando maconha, hora tentando se dar bem em cima de algum desavisado... Tanto Roberta quanto qualquer mulher em voga com a moda queria se vestir como ela, e aí está o enigma do arquétipo feminino da garota perdida. O Roteiro se assemelha ao de muitas películas do inicio dos 80, remetendo diretamente às produções Hollywoodianas da década de 30, seja aventura (como Indiana Jones) quanto no subgênero “comédia maluca” tão bem explorado por Howard Hawks. Madonna faria outro parecido logo depois, Quem é Esta Garota?, sem o mesmo êxito. Geralmente essas histórias retiram o humor de um mal entendido, que fará desenrolar um monte de situações absurdas apoiadas no acaso, correm o risco de ficarem cansativas. O filme de Sedelman tem uma postura new wave tão interessante e barroca que não há como desgrudar da tela até a última seqüência. Ao som de Into The Groove, claro!

Procura-se Susan Desesperadamente – Desperately Seeking Susan
- EUA 1985 De Susan Sedelman Com Rosanna Arquette, Madonna, Aidan Quin, Robert Joy 104’ Comédia


DVD - A curiosidade principal está em um fim alternativo, de mais de 5 minutos, muito mais feminista do que o Happy End com casaizinhos usado na montagem final. Tanto ele quanto o (nostálgico) trailer original não possuem legendas.

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O Alerta do Espaço

Sushi/rocambole envolvendo vedetes, criancinhas em perigo, alienígenas, transmutação, superaquecimento global e mais um monte de disparates em clima kitsh verdadeiramente 50’s! Dita como a primeira ficção científica japonesa a cores, O Alerta do Espaço pode surpreender quem espera só mais um trash com alienígenas em trajes ridículos. Sim! Os alienígenas em trajes ridículos marcam presença de forma memorável! Mas o roteiro repleto de personagens interessantes que aparecem e somem, e uma trama que vai se transformando quase que como um caleidoscópio surreal, faz dele um filme que merece ser assistido de forma mais séria. Detalhe: os atores (entre eles Bontarô Miyake, de Tora! Tora! Tora!) estão ali interpretando de forma honesta e vivaz e o tal alerta do título, que a inicio é sobre uma poderosa bomba que está para ser inventada pelos terráqueos, respalda em momentos aflitivos. Muito semelhantes ao que se imagina que será quando o aquecimento global chegar ao seu ápice. Vai de ficção científica a filme catástrofe de forma nada sutil mas imaginativa. Quero acreditar que aqueles animais sofrendo não estejam envenenados de verdade...

O Alerta do Espaço – Uchûjin Tôkyô ni arawaru (Warning From Space / The Cosmic Man Appears in Tokyo / The Mysterious Satellite)

- Japão 1956 De Koji Shima Com Keizo Kawasaki, Toyomi Karita, Bin Yagasawa, Bontarô Miyake, Mieko Nagai, Kiyoko Hirai, Isao Yamagata 88’ Ficção Científica


DVD - A Works DVD tem feito maravilhas lançando preciosidades em DVD que podem ser baixadas facilmente em sites que disponibilizam filmes sem copyrights, mas.... Podia dar uma restauradinha nos arquivos, né? Aqui compramos um DVD (com menus caprichados) e levamos dois filmes, com imagem inferior inclusive à época do VHS. Há momentos que simplesmente é necessário usar a imaginação para se descobrir o que está passando na tela.

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14 de fevereiro de 2008

A Maldição de Frankenstein

É regra! Toda vez que o cinema vai mal das pernas, inúmeros monstros levantam-se da tumba para encher os cofres das produtoras. Foi assim nos anos 30 pós-crash de Nova York, e nos 50 com a chegada feroz da TV aos lares da classe média. O horror, gênero popular por excelência, ainda leva o rótulo de ser uma arte menor, produto para massas ignóbeis. Quando A Maldição de Frankenstein foi feito, monstros clássicos da literatura, após inúmeras cópias e sátiras, eram figuras desacreditadas no ramo do calafrio. Os EUA faziam à época produções com seres tóxicos, nucleares, dando seqüência aos horrores vindos dos jornais com a chegada da guerra fria. Coube a uma pequena produtora inglesa apontar o (velho) novo caminho. Esta re-imaginação do conto de Mary Shelley levou cor á manjada história do cientista que queria ser Deus, e de tabela deu inicio à Hammer Films na produção de incontáveis filmes horripilantes. Pela primeira vez via-se sangue, e ele era vermelho, um vermelho tão típico que mais tarde nominaria quase que uma cor específica: Vermelho Hammer! Parece bobagem hoje em dia, mas naquele tempo, por ser dispendioso (Technicolor, DeLuxe, etc.), só filme classe A, com bilheteria garantida, era colorido, e como já dito, dificilmente algum estúdio gastaria a mais em troca dos arrepios da platéia. Perceba como exemplo a filmografia de Marilyn Monroe. Em seu auge comercial apenas dois foram preto e branco: Quanto Mais Quente Melhor, por motivos estéticos da maquiagem e do estilo visual retratado (30’s) e Os Desajustados, autoral com as assinaturas de Artur Miller e John Houston. Terence Fischer, que se consagraria dirigindo inúmeros outras películas no estúdio, tomou proveito da falta de recursos financeiros para de lambuja nos dar o germe do estilo inglês do horror: Cenários góticos, claustrofóbicos, associados a muita fornicação contida subliminarmente entre aquelas paredes rebuscadas. Os astros Peter Cushing e Christopher Lee logo depois seriam imortalizados como Van Helsing e Drácula consecutivamente. Mesmo o caçador de vampiros sendo, nas mãos também de Fischer, um louco tão carniceiro quanto beato católico, não deixava de ser o herói. Aqui ele é o vilão mor, o diabo disfarçado de amante da ciência, resguardado pela imensa fortuna herdada muito cedo. Ainda com o hábito de pedir favores sexuais a empregadas miseráveis que sonham com o glamour da grã-finagem. Lee como a criatura surgida de cadáveres com a missão de ser o homem ideal tem momentos dramáticos brilhantes. Não passa de um tolo, acorrentado como cachorro, a mercê de seu criador e carrasco. Mesmo sem texto e a maquiagem famosa de Boris Karloff na Universal, seu olhar muito vivo e infeliz faz com que sua presença seja bem marcante. É um clássico, no sentido eterno do termo, principalmente porque após 51 anos mantém seu charme sem ter envelhecido a ponto de tornar-se comédia como tantos de gênero.

A Maldição de Frankenstein – The Curse of Frankenstein
- Inglaterra 1957 De Terence Fischer Com Peter Cushing, Christopher Lee, Hazel Court, Robert Urquhart 83’ Horror


DVD - Gema inédita no mercado do Home Video nacional, apareceu graças a Warner, detentora dos diretos de distribuição de vários títulos da Hammer pelo mundo a fora. Já é digno de aplausos o uso do pôster original adaptado como arte da capa, mesmo com a derrapada de uma imagem não pertencente à obra na contracapa. O menu imita perfeitamente o mesmo estilo, deixando a aura gótica se iniciar assim que o DVD Player carrega o disquinho. Ainda há o trailer original como brinde. O “senão” está na embalagem de papelão, bem típica dos primeiros lançamentos digitais, que nos dá a sensação de a cada vez que se manuseia danificar-se a preciosidade um pouquinho.

Cotação:

Halloween – A Noite do Terror

Imagine todo o gênero horror em uma linha de tempo. Em 61 o fenomenal sucesso comercial de Psicose mostrou que muito pior que as trevas (que no mundo real nunca alguém teve a certeza da existência) está o mal vindo da própria mente humana atormentada. Caminhando esbarrasse em filmes que misturam o medo vindo do psicológico com possibilidades espirituais, até desembocar em O Massacre da Serra Elétrica. Tob Hooper fez uso da mesma história (real) usada como base para Psicose, mas colocou uma máscara no assassino. Mastigado ao sucesso do livro de Stephen King, Brian De Palma surgiu com Carrie A Estranha. Adolescentes vivem em um mundo extremamente perigoso se as regras sociais não são seguidas. Desse lusco fusco veio Halloween, dirigido por John Carpenter por um punhado de dólares. Extremamente competente no suspense e vergonhosamente banal na narrativa! Começa muito bem, com uma adolescente sendo esfaqueada até a morte após fazer sexo sem fins procriativos no Halloween por algum maníaco usando máscara. A câmera subjetiva, em um longo plano seqüência, só nos deixa conhecer a identidade do criminoso após o mal estar feito: Uma pequena criança vestida de palhacinho. 15 anos depois Michael Meyer foge do manicômio exatamente no dia das bruxas, mais velho, forte e poderoso, e volta ao bairro onde morava pra ver sangue teen. E todo o filme é praticamente só isso! Com o agravante de a carnificina começar com quase uma hora de metragem!!! Até pode-se imaginar o impacto em sua época de lançamento, mas hoje em dia são inevitáveis umas boas cochiladas! Mesmo se não soubéssemos das inúmeras continuações, é evidente que a baby siter de Jamie Lee Curtis, absolutamente careta e assexuada, sobreviverá ao final. Foram centenas de imitações por décadas, e o roteiro fraquíssimo em lógica e acontecimentos não se sustenta mais. Fica a graça em notar o surgimento de clichês perpetuados por Jasons da vida. Só as virgens sobrevivem!

Halloween – A Noite do Terror – Halloween
- EUA 1978 De John Carpenter Com Jamie Lee Curtis, Donald Pleasence, Nancy Loomis, P.J. Sales, Charles Cyphers 90’ Horror


DVD - Custa preço de chuchu em qualquer hipermercado da vida! Um dos erros destas distribuidoras pequenas (neste a Spectra Nova) é se atrapalharem na hora de fazer as capinhas, optando pelos títulos simplesmente traduzidos, não os originalmente exibidos nos cinemas brasileiros ou exibidos na TV. Quase sempre retiram o subtítulo! Futuramente vai dar confusão. Qualidade de imagem mediana, mesmo em letterbox, e os extras se resumem às biografias e filmografias essenciais de Carpenter, Curtis e Pleasence.

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Matinê – Uma Sessão Muito Louca

Muito criticado não por seus defeitos, mas pelo que poderia ter sido. Joe Dante, de Piranha, Grito de Horror e Gremlins, optou pela sacarina ao contar a história de uma cidadezinha que na década de 60 teve fim de semana caótico envolvendo mísseis cubanos e a visita de um diretor de filmes de monstro. Quando lançado, uma época remota onde só os aficionados e americanos tinham acesso a pérolas B, tinha lá seu valor. Com elenco basicamente adolescente, não consegue escapar das preocupações de tal faixa etária: Primeiro amor, paqueras, problemas familiares, etc. Mas o principal pecado é desperdiçar o personagem de John Goodman, o tal cineasta sensacionalista claramente inspirado em William Castle, que ficou com personalidade entre a fadinha bondosa e um Rambo salvador de todos os males. Na tela os personagens assistem Mant (Meio home, meio formiga!), um trashão muito mais divertido. Repare a presença de vários astros do cinema podreira de outrora, principalmente Kevin McCarty de Vampiros de Almas. Aliás, ganha um picolé de morango quem achar uma Naomi Watts bem jovem entre o elenco!

Matinê – Uma Sessão Muito Louca – Matinee
- EUA 1993 De Joe Dante Com John Goodman, Cathy Moriarty, Simon Fenton 98’ Comédia


DVD - Só há algum texto de extra, e uma galeria de fotos feitas com screenshots do próprio filme. Mas os menus estão uma graça, bem ao estilo 50’s. Ah, fica cada vez mais difícil tolerar DVD em fullscreen, o que faz com que boa parte da graça se escoa pelo ralo!

Cotação: