5 de julho de 2008

O Expresso do Horror

Filme ruim muito bom! Climático, o tempo fez bem a ele. Começa como terror de monstro clássico, e na segunda metade vira suspense, com inúmeros personagens freaks vítimas em potencial. Destaca-se entre estes um monge com sede de poder de rivalizar com Rasputin suspeitíssimo! Ainda consegue incluir ficção científica, zumbis e espionagem, mas acredite, tanta mistura não o transformou em uma comédia involuntária. Pelo menos não tanto quanto aparenta. Nessa virada de gêneros, Christopher e Lee e o sempre grande Peter Cushing (Drácula e Van Helsing respectivamente da Hammer) ainda terão a oportunidade de superar a inimizade em prol da solução do mistério. A presença dos dois com diálogos espirituosos (“Nós monstros? Mas nós somos britânicos!”) já valeria à pena, mas a trama é interessante. No começo do século passado (perto da revolução russa) paleontólogo (Lee) embarca em trans-siberiano junto a misterioso fóssil que descobriu. Ao tentar arrombar o caixote que o transporta, famoso ladrão aparecerá assassinado, com os olhos brancos esbugalhados. A criatura tem o poder de absorver a mente de quem se aproxima, e claro, essa primeira morte vem bem a calhar para quem está preso. Toda a ação se passa dentro do claustrofóbico trem, o que faz com que não seja permitido a ninguém o desembarque ou embarque. Além, óbvio, de poupar recursos financeiros. Divertidíssimo, tem alguma violência gore explícita.

O Expresso do Horror – Horror Express

- Inglaterra/Espanha 1973 De Eugenio Martín Com Christopher Lee, Peter Cushing, Alberto de Mendoza, Silvia Tortosa, Julio Peña, Ángel del Pozo, Helga Liné, Alice Reinheart, Juan Olaguivel, Telly Savalas 87’Horror/Suspense


DVD - Lançado em VHS como Horror Express e em DVD duas vezes, pela London (WorksDVD) e a obscura Kives, é um desperdício com tantos filmes de horror do período simplesmente inéditos no Brasil. Pode-se colocar a culpa na falta de direitos autorais já que haveria uma disputa judicial envolvendo os herdeiros do produtor. Esta cópia (da Kives) manteve a arte igual na capa igual à lançada nos EUA, e sua metragem idem, com três minutos a menos. A imagem em widescreen apresenta alguns riscos, mas servem de charme pelo estilo da produção. Nesse sentido é legal não estar nítida demais, ou restaurada, preservando aquela cara trash 70’s, com fotografia desbotada. Os extras se resumem às gigantescas filmografias de Lee e Cushing.

Cotação:

4 comentários:

  1. Conheci seu blog hoje, por meio de um link do meu amigo Pornochancheiro.
    Achei ó Cinemorama excelente. Vou acessá-lo diariamente, além de indicá-lo para alguns amigos.
    Abração.

    ResponderExcluir
  2. Gio, obrigado! Volte sempre mesmo!
    Abraços também.

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Filomeno2006! Que bueno! Tienes fotos? Muy cult! =)

    ResponderExcluir