19 de abril de 2008

Guerra dos Mundos (1953)

Competente primeira versão da obra de H. G. Wells para o cinema, e um retumbante sucesso. Aparentemente bem envelhecido, é de 1953, mas parece ser do inicio da década passada! Bancado por um grande estúdio (Paramount), possui inúmeros recursos que seriam amplamente imitados nas sucessivas cópias, imitações e ficções científicas B 50’s, como imagens de arquivo, que aqui ganham destaque por serem de cine jornais da segunda guerra e, portanto preto e branco e o resto da película em brilhante Tecnicolor. Essa pobreza franciscana acaba dando pontos a mais que a recente refilmagem assinada por Steven Spielberg. As naves alienígenas são uns caraminguados, em duas ou três cenas até nos permite ver os fiozinhos que a sustentam no ar. Mesmo quando o extraterrestre é visto, soltando um gritinho e saindo correngo tipo “bem lôca”, é condizente quando eles acabam sendo vítimas de vírus e bactérias. Aqueles da nova versão, hiper hi-tec, vieram dominar o planeta cheios de pompa e nem estudaram a existência de microorganismos? Interpretações mil à história, originalmente dramatizada no rádio por Orson Wells, pode representar o medo da ameaça comunista que vinha da Europa, e isto fica evidente com os raios avermelhados, ou o bucólico lugar onde as naves pousam pela primeira vez, cheio de gente pacata de espírito “american way” elevado. Mas também o mal que a TV, recém inaugurada em Londres, poderia trazer aos hábitos do novo mundo. A base militar marciana não deve ser na Inglaterra à toa, nem os olhos da sonda em RGB...

Guerra dos Mundos – The War of the Worlds

- EUA 1953 De Byron Haskin Com Gene Barry, Ann Robinson, Les Tremayne, Robert Cornthwaite, Lewis Martin, Houseley Stevenson Jr., Cedric Hardwicke 85’ Ficção Científica


DVD - Primeira das duas edições comercializadas pela Paramount no Brasil. Esta ao ser anunciado o remake, tem na capa até estampado “a primeira invasão!” só tem o trailer de cinema como extra. A imagem possui full frame, que seria as dimensões originais, e embora cristalina na maior parte do tempo, aparecem alguns riscos do negativo.

Cotação:

6 comentários:

  1. puxa, eu quero muito assistir esse filme de novo...

    Eu o vi há muitos anos, na época em que não existia corujão na globo e era um filme na madrugada antes de encerrar a programação...

    muito bom e, em minha opinião, melhor que o remake.

    e concordo com você, como que alienígenas tão poderosos iriam ignorar um fator tão básico como germes ? aliás, isso significa que eles respiram gases presentes em nossa atmosfera...

    Escuta, você lembra de um filme nesses moldes de ETs da década de 50/60 em que o ET era chamado Exeter e tinha uma testa comprida ?

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  2. Parece ser um nome comum em Sci-Fi... Até aparece em Star Trek e um título de filme de 72... Dá uma olhada no IMDB

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  3. Esse filem é bem divertido, algumas falhas técnicas, os fios segurando as naves, grantem aos que não gostam do gênero umas boas risadas.

    até
    Gustavo Ganso

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  4. Gustavo, eu gosto do gênero e também morri de rir! :))

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  5. Não se pode deixar de dizer que a versão de Spielberg do livro de Wells é uma depravação, a cosia toda é ruim, tão ruim que chega a ser engraçado. Pobre Tim Burton... . Contudo, o excelente filme de 1953 em nada se refere de forma negativa ao comunismo e, tampouco, defende o estilo de vida americano.
    Ao contrário! O belo filme de 1953 é propaganda contrária ao colonialismo, tenta alertar utilizando-se do recurso da compaixão o quanto o colonialismo é perverso e como os americanos são desmerecidos por pô-lo em prática.
    Saudações,
    Juliana.

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  6. Juliana, não entendi o que o Tim Burton tem com a história. E o filme do Spielberg é só mais um filme espetáculo oco, como o cineasta tem feito nestes últimos anos. Deitado nos louros da fama que conseguiu nos 80's.

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