30 de maio de 2008

O Expresso da Meia-Noite

Baixo astral cinematográfico alardeado como baseado numa história real, embora se perceba todos os maneirismos sensacionalistas contidos em qualquer roteiro de Oliver Stone. Jovem norte americano (Brad Davis) é preso ao tentar sair da Turquia com vários tijolinhos de haxixe presos ao corpo. Comerá o pão que o capeta amassou principalmente porque é bem burro, muito mais que por ter sido detido num país com leis caóticas. As primeiras imagens da prisão, com os presos ao ar livre, em selas sem fechadura tomando banho de sol, deixam impossível a comparação com o sistema carcerário brasileiro mostrado nos telejornais. Parece uma colônia de ferias perto das nossas, e lá se vai metade do impacto da película pelo ralo. Mas todo filme sobre injustiças causam aquele mal estar ao final. Dá aquele bode da humanidade. Comandado por Alan Parker, diretor pouco prolífico, há grande esforço fotográfico em representar a luz natural nas velhas construções, fato comum a seus trabalhos. Atitude que não raras vezes fazem o fundo contrastar com os atores. Parece desenho animado antes da era digital, quando os personagens eram pintados em acetato. Mas isso tudo não apaga o interesse da obra, que ainda prende a atenção como um dos melhores sobre dramas carcerários, um clássico das madrugadas da TV Globo...

O Expresso da Meia-Noite – Midnight Express

- EUA 1978 De Alan Parker Com Brad Davis, Irene Miracle, Bo Hopkins, Paolo Bonacelli, Paul L. Smith, Randy Quaid, Norbert Weisser, John Hurt, Mike Kellin 121’ Drama


DVD - Primeira edição lançada pela Columbia, com ridículo e injustificável “Edição de 20º Aniversário” estampado no topo da capa. É daqueles discos com Lado A e Lado B, com widescreen numa face e full na outra, o que exige certa atenção ao manuseá-lo se não o quisermos com marcas de dedos. Outro desconforto é acertar qual é o lado certo que se quer assistir. Os menus nem estão traduzidos, e os únicos extras são o trailer e um documentário contendo entrevista com o real Billy Hayes, mas sem legendas em português. Faz pouco tempo saiu uma edição dupla mais caprichada.

Cotação:

2 comentários:

  1. Miguel, concordo com vc sobre tua visão do filme. Destaque para a música de Giorgio Moroder que funciona, embora hj pareça um pouco datada.

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