4 de julho de 2008

César e Cleópatra

Quando se chama um filme de teatro filmado normalmente nos referimos a adaptações ruins, onde a ação se passa somente em um cenário. No caso desta versão inglesa da mais famosa rainha egípcia, também se encaixa nas interpretações forçadíssimas, pomposas, como se a alma do Old Vic, tivesse sido registrada em película. Vivien Leigh pobrezinha, atriz consagrada, paga um dos maiores constrangimentos de sua carreira. Até porque, o roteiro oriundo da peça de Bernard Shaw (também responsável pelos diálogos) não ultrapassa a primeira fase da história dela, se restringe à época em que César invadiu o Egito, quando Cleópatra era adolescente. Sobrou pra eterna Senhorita Scarlet fazer micagens na intenção de se passar por adolescente. Pra piorar, embora tenha tons cômicos, mostra muito mais (e de forma pesada) a política do período do que o romance Real, relegando a Leigh quase um papel secundário. A sucessão de erros só não é completa porque a produção, até então a mais cara do velho mundo, é caprichada. Pode não ter aqueles milhares de figurantes que Hollywood geralmente dispõe, mas cenários, figurinos e fotografia deixam a versão que a Fox fez nos 60 comendo poeira.

César e Cleópatra – Caesar and Cleopatra

- Inglaterra 1945 De Gabriel Pascal Com Vivien Leigh, Claude Rains, Stewart Granger, Flora Robson, Francis L. Sullivan, Anthony Harvey, Anthony Eustrel 122’Drama


DVD - Não há extras relevantes que supra uma imagem muito tosca do filme. Nesse caso nem extras há fora as biografias dos protagonistas! O que duplica a raiva pela imagem quadriculada, visivelmente baixado da internet. O nome de Vivien Leight está grafado de forma errada três vezes na embalagem. Vivian!!!

Cotação:

2 comentários:

  1. Vivien Leigh tinha cara de menina e por isso acho que o papael até que caiu bem, ela encarou com êxito a tarefa e se saiu bem.

    ResponderExcluir
  2. Ela era linda mesmo quando pagava mico.

    ResponderExcluir