17 de novembro de 2007

Guerra dos Mundos (2005)

Muita bobagem já foi dita desta releitura de Steven Spielberg para o romance homônimo de H. G. Wells. Não se engane! Você terá exatamente o que imagina, quase duas horas de ininterrupta adrenalina! Óbvio que as comparações com o clássico de 1952 existem, mas aqueles eram outros tempos... Os paralelos com os que vêm do espaço sideral são muito mais fortes em qualquer ameaça á instituição “Família” do que comunistas á espreita da tão querida América. Seus olhos verão coisas assustadoras e absurdamente reais e tais apuros técnicos valem sim o tempo gasto assistindo ao sempre canastrão Tom Cruise tentando proteger não o mundo, como se deveria esperar de um herói altruísta de outrora, mas sua prole. Mesmo que sua filha, a prodígio Dakota Fanning, seja insuportável o suficiente para se torcer que seu fim chegue o quanto antes nas garras de um tripod! Estamos diante de um filme do senhor Spielberg, exibindo ainda fôlego para nos mostrar que qualquer coisa com sua assinatura é garantia de diversão espetacular, familiar e os melhores efeitos especiais. O calcanhar de Aquiles é exatamente essa sua assinatura, que compromete vergonhosamente o final da história. Durante toda a metragem os efeitos são tão sensacionais, os alienígenas são tão maléficos e colossais que quase nos leva às gargalhadas o simples e ridículo desfecho. É impossível ao final o saborzinho de ter sua inteligência subjugada por um velhinho que há muitos anos só repete sua fórmula de extremista em pirotecnia cinematográfica e o pior do caretismo classe média estadunidense.

Guerra dos Mundos – War of Worlds
- EUA 2005 De Steven Spielberg Com Tom Cruise, Dakota Fanning, Miranda Otto, Tim Robbins 116’ Ficção Científica/Aventura


DVD - O que estes filmes, feitos pelas majors americanas, têm de óbvios suas edições duplas em DVD seguem os mesmos passos. Os menus animados (e cansativos) nada mais são que cenas do próprio longa, e os extras não trazem nada além do making of gigantesco, dividido em 4 documentários como diários da produção. O que não é de todo ruim. Estranho que temas tão saborosos tenham sido ignorados. O autor H.G. Wells tem um rapidíssimo especial, e sobre a versão clássica (da própria Paramount diga-se de passagem) ouve-se só de raspão. Assim como a película, só mais um produto aprovado por um engravatado atrás de uma grande mesa em Hollywood á espera do fio metal.

Cotação:

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