28 de março de 2008

A Fúria

Brian DePalma ainda colhia os louros de Carrie, a garota que literalmente não levava desaforo pra casa, quando topou mais esta incursão no mundo dos adolescentes paranormais. É o prato cheio para o diretor exibir todos os seus maneirismos de câmera, narrativos, o aclamado hitchcockianismo, além de inúmeros recursos técnicos. Resultou num banho de sangue, violência e certo corre-corre policial, sem sombra de dúvida inferior ao outro, mas ser inferior a uma obra prima não desmerece filme algum! O fim da década de 70, começo dos 80 gerou interesse nas possibilidades cerebrais, talvez pelo uso da maconha, LSD e adjacências. Uri Geller entortando talheres na TV é uma celebridade iconográfica do período. Além do tema, temos novamente Amy Irving, só que desta vez é ela quem tem o poder! Boazinha (tem o estereotipo de colega CDF da classe) colocará suas habilidades a serviço de um pai desesperado na busca pelo filho também paranormal. O seqüestrador só podia ser John Cassavetes! Nosso gerador do coisa-ruim favorito pertenceria (isto fica relativamente confuso) a uma repartição do governo que estuda tais fenômenos. Uma conotação interessante do roteiro, a quem já observou a relação entre adolescentes e familiares, é que fora dos olhos dos mais velhos costumam ter atitudes diferentes. Quase sempre os anjinhos dos papais não são tão anjinhos assim na rua. Kirk Douglas nunca tinha pensado nisso. Tem pai que é cego!

A Fúria – The Fury

- EUA 1978 De Brian DePalma Com Kirk Douglas, Amy Irving, John Cassavetes, Charles Durning, Carrie Snodgress, Fiona Lewis 118’ Suspense


DVD - O Menu estático nos leva até o trailer original que não deve ser assistido antes do filme! O final é absurdamente revelado ali... Ainda há galeria com pôsteres psicodélicos de muitos países, além de imagens de divulgação e lob cards.

Cotação:

5 comentários:

  1. Bom filme do diretor Brian de palma. E o mesmo aproveita o sucesso do filme anterior para esbanjar todo seu talento e usos de maneirismos de câmera para contar uma estória de paranormalidade. Amy irving é a garota que tem estas habilidades e Kirk Douglas é um agente do governo à procura de seu filho que é raptado pelo cínico John Cassavetes. O filme além de discutir paranormalidade há espaço para suspense, corre-corre policial e até um pouco de comédia. De Palma remete aqui um horror explícito para saborear todos os paladares, e propõe ao filme cenas violentas e barrocas como na morte da namorada de Douglas, que é atropelada em plena câmera lenta e da namora de seu filho que gira soltando sangue por todos os orifícios do corpo e sem falar da cena final que é digna do maior horror explícito de que se tem notícia. Nota 8.

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  2. Ricardo, estranho este filme raramente ser lembrado. Eu mesmo só tive conhecimento dele ao ver o DVD vendendo.

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  3. Quem é uma pessoa madrugadeira, já ouviu falar de A Fúria. Reprisou algumas vezes no corujão. Inclusive há uns dois anos atrás, no mês de fevereiro. Mas você realmente está certo Miguel ele não é um filme muito lembrado, somente fã feito eu de De Palmna para conhecê-lo. No mais um bom filme que deve ser assistido.

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  4. Ricardo, ai que saudades destas madrugadas de cinema. Eram pura surpresa. Hj eu escolho o que assistir.

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  5. Você tem razão Miguel, também sou um saudosista quando me recordo das supresas que rolavam durante a madruga, eram filmes incríveis. Hoje apenas lamentamos, Numa madrugada desta estava sem sono e liguei a TV para ver se havia algum filme interessante passando, quando ligo a televisão estava passando American Pie em plena madrugada, eu fiquei revoltado com uma coisa dessas. Claro não fiquei assistindo, desliguei a TV e procurei dormir e consegui acho que foi o desgosto!!

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