6 de dezembro de 2007

Scanners – Sua Mente Pode Destruir

Gêneros cinematográfico vivem de ciclos, e isto parece ser mais claro nos fantásticos ou horror. De monstros a ameaças nucleares, descambando na década de 60 à presença do diabo entre nós (só ele poderia ser o causador de tamanhas transformações) e depois ainda vieram os perigos dos poderes mentais... Sempre acompanhando as preocupações e/ou anseios sociais, como tudo que se preze comercial. Este David Cronenberg, o seu primeiro sucesso internacional, então seria um filhotinho da Carrie, A Estranha. O “capeta” de antes se tornou justificado psicologicamente. Aliás, esta fonte de mal bíblica (O Bebê de Rosemary, A Profecia, O Exorcista) teria sido fruto não só dos excessos da contracultura da época, mas um desdobramento dos assassinos perturbados mentalmente como Norma Bates em Psicose? Assim, antropofagicamente, os títulos vão se alimentando uns dos outros em busca do que é comum ao medo de cada período tendo como principal termômetro o sucesso de bilheteria. De qualquer forma, Scanners continua fresco e divertido. Mesmo batidíssimo em inúmeras exibições na TV e VHS!!! Começa como um filme de detetive futurista num shopping Center dando lugar a uma história de falsas aparências com suspense e horror. Seus efeitos especiais mecânicos ainda são impressionantes e nojentos. Absolutamente 80’s e atemporal, encontrei desta vez muitas semelhanças ao famoso animé de 1995 Ghost In The Shell (ou O Fantasma do Futuro). Oh! Que por acaso é citado como uma das principais referências na criação de Matrix. 15 anos antes os parapsicólogos canadenses já entravam num sistema de computador usando uma cabine telefônica e, acho a principal delas, o uso dos caracteres verdes tipicamente digitais para se mostrar os créditos. Que seja só mais um motivo para você rever esta preciosidade, além das melhores cabeças explosivas do cinema!

Scanners – Sua Mente Pode Destruir - Scanners
- Canadá 1981 De David Cronenberg Com Stephen Lack, Jennifer O’Neill, Michael Ironside 102’ Terror


DVD - Menuzinho animado com cenas do filme e algum texto. Não sabia que a atriz Jennifer O’Neill era carioca... A imagem (Letter Box) está relativamente boa ao contrário do áudio, que a capa diz ser 2.0, mas parece mono. Ainda há uma certa falta de sincronia do som, mas pesquisando na net há reclamações no mundo todo, portanto não deve ser culpa da distribuidora brasileira.

Cotação:

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