7 de março de 2008

Frankenstein Criou A Mulher

Não contente em construir um homem usando restos de cadáveres, Barão de Frankenstein agora sonha em transmutar almas! Sua chance de ouro surge graças a Christina, a pobre garçonete manca e de rosto transfigurado, namorada de seu jovem assistente. Muito abalada por seu amado ter sido condenado injustamente à guilhotina acaba cometendo o suicídio. Assim, com as duas mortes, o incansável cientista consegue a matéria prima para sua mais ambiciosa experiência! Esta espécie de a “Noiva de Frankenstein” extremista foi o quarto filme da produtora inglesa Hammer inspirado nos personagens de Mary Shelley. Com Peter Cushing ainda como o milionário ambicioso que gosta de brincar de Deus, pegava carona no título “E Deus Criou A Mulher”, sucesso de Brigitte Bardot conduzido por Roger Vadim. É o auge tanto do estúdio quanto do diretor Terence Fisher, ambos seguros o bastante para fazerem um filme imaginativo com a costumeira classe. O roteiro muito bem amarrado assume assuntos explorados poucas vezes de forma tão consistente: As estreitas relações entre alma e corpo físico, características genéticas e adquiridas, etc. Há inúmeras possibilidades interpretativas sociais e metafísicas, o que o deixa acima da médica entre os similares tanto de horror quanto ficção científica. Na pele da mocinha transtornada está Susan Denberg, capa da Playboy 1966, em último trabalho no show business. De carreira bem curta (apareceu ainda num episódio de Star Trek), sua biografia é confusa. O IMDB dá que ela cometeu suicídio, numa bizarra coincidência, um ano depois de ser a mais bela criatura de Frankenstein. A Wikipédia diz que esse boato (Inclusive de que possuía problemas mentais graças aos excessos do LSD) surgiu já naquela época. Estaria na verdade vivinha da silva morando em sua terra natal, a Áustria, com seu nome de batismo Dietlinde Zechner.

Frankenstein Criou a Mulher – Frankenstein Created Woman

- Inglaterra 1967 De Terence Fisher Com Peter Cushing, Susan Denberg, Thorley Walters, Robert Morris, Philip Ray, Barry Warren, Bartlett Mullins 92’ Horror



DVD - Lamenta-se a falta de distribuidoras como era a Works DVD há alguns anos, sempre apresentando filmes nunca antes lançados em edição de boa qualidade. Mesmo quando os extras são apenas texto como é o caso deste aqui. A imagem widescreen está ótima, além do capricho nos menus animados, marcas registradas da empresa.

Cotação:

2 comentários:

  1. O comentário acima sintetiza brilhantemente esse filme. Muito bom de se rever, pois se diferencia dos demais da produtora especializada em filmes classe B. Peter Cushing é o must, sabia fazer esses papeis com maestria. Recomendo com louvor.

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  2. Cesar, Cushing sempre emprestando a classe que qualquer filme precisa. Não perco nenhum filme que tenha ele em seu elenco.

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