29 de abril de 2008

A Casa dos 1000 Corpos

Excelente iniciação do roqueiro Rob Zombie atrás da câmera. Mas tão soterrado de referências a clássicos do horror que não é pra qualquer um sua apreciação. Há coisas óbvias que passaram batidas sob olhos que se auto-intitulam experts no gênero, como o figurino de um clássico da produtora japonesa Guinea Pig. Mas este é dos pecados o menor. Muito inventivo, esqueceu-se de qualquer direção de atores. Está cada um na sua, e a garotada principal não passa verdade alguma em momentos cruciais. A garota Jennifer Jostin, que mais sofre, parece pouco se importar aos horrores ao qual está submetida. Não se entrega numa ridícula falta de empenho. Não sabe brincar, não brinque! Se passando nos anos 70, a reconstituição de época se perde vergonhosamente no visual dos personagens. Talvez a única referência gritante seja a presença da sumida atriz Karen Black, ícone do período. De qualquer forma é um sopro de inventividade perto do que se faz nos EUA em terror. Mas a ousadia do roteiro em brincar com nossas expectativas é merecedor de nota. Quanto tudo parece se resolver descobre-se estar redondamente enganado. Isto junto à desfeita aos clichês hollywoodianos já seria suficiente para aplaudi-lo. E também para entender um projeto desta natureza, iniciado para num grande estúdio (a Universal), teve uma pré-produção catastrófica, indo parar na minúscula Lions Gate. O que também explicaria seus sobre saltos de narrativa. Lá pelos últimos 30 minutos não se entende, ou pouco importou, quem estava morrendo, com gente ensangüentada em imagens escuras.

A Casa dos 1000 Corpos – House of 1000 Corpses

- EUA 2003 De Rob Zombie com Sheri Moon Zombie, Sid Haig, Bill Moseley, Karen Black, Chris Hardwick, Erin Daniels, Jennifer Jostyn, Rainn Wilson, Dennis Fimple 89’ Horror


DVD - A Imagem Filmes é detestável! Consegue grandes títulos independentes para distribuí-los de forma nojenta em Fullscreen. Se o filme nos é vendido nesse formato deveria custar a metade, já que é exatamente esta proporção que nos é apresentada. Há muitos extras, todos (inclusive o trailer) legendados na nossa língua. Mas tudo é muito burocrático e sem vontade de fazer bem feito. Não há nada, por exemplo, sobre os famosos seriais killers americanos citados no filme. Mesmo a faixa em áudio com o diretor não revela nada muito importante. Parece esconder o jogo, limitando-se a dizer o que poderia ser ou porcamente descrever as cenas.

Cotação:

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