18 de maio de 2007

OldBoy

Mais um filme que se não tivesse caído nas graças de Quentin Tarantino, jamais aportaria no Brasil: OldBoy, a segunda parte da trilogia do coreano Chanwook Park sobre (basicamente) a vingança. Isto é, o rótulo comercial, aderido por boa parte da imprensa para definir a obra é a vingança, o que não deixa de ser simplificar de mais. Importa pouco ver o pobre Oh Dae-su resolver seus problemas com quem quer que seja que o tenha aprisionado em um quarto de hotel vagabundo e após 15 anos o ter libertado perto de inúmeras questões que vão sendo apresentadas. Claro, banhadas por uma violência gráfica espetacular, herança do roteiro originalmente explorado em um mangá de mesmo nome. Dia destes li uma entrevista onde Tarantino dizia o quão engessado é o cinema “made in Hollywood”, cheio de regras que nunca serão quebradas a fim de não decepcionar a cada vez mais sonâmbula platéia média. Taí o trunfo dos filmes que vêm da Ásia. Absorvem os trabalhos americanos (a própria fotografia de OldBoy é bem parecida com a de Clube da Luta) em muitos pontos, mas quebram a tal linha citada pelo diretor de Kill Bill. Até quando seus roteiros optam por soluções mais óbvias, a forma em que as imagens são mostradas sempre nos deixa boquiabertos. Não é o caso deste filme absolutamente surpreendente do inicio ao fim. E de tão bem feito, mesmo cheio de surpresas e reviravoltas rocambolescas há substância suficiente para ser visto e revisto inúmeras vezes. Se for pra citar um deslize, dá pra apontar o final ambíguo. Não a solução da trama em si, mas a seqüência final. O que perto das duas horas fantásticas que passamos não é nada!

OldBoy
- Coréia 2003 De Chanwook Park Com CHOI Min-sik, YOO Ji Tae, KANG Hye-jung 120’ Suspense/Policial


DVD - A Europa Filmes lançou duas versões de Old Boy. Uma dupla, e a simples, que foi a que adquiri. Simples é apelido! Menu nojento estático e mais nada de extra. Mas se a ausência de extras fosse o problema maior nesta edição nem me importaria tanto. Dói ver a qualidade péssima da imagem e áudio. Parece DVD pirata! Sem falar nas legendas em francês que aparecem na tela em alguns momentos sem que possamos retirá-las... Vale sonhar com a edição tripla (!!!) lançada pela Tartasian nos EUA. Vem até com alguns fotogramas de 35 mm.

Cotação:

Um comentário:

  1. Eu comprei a edição dupla. Além da bela luva em papel com relevo, a qualidade do filme é bem superior à que você descreveu na edição simples. Imagem em widescreen, som 5.1 e nada de legendas em francês aparecendo. E ainda nem assisti o disco de extras. Paguei o dobro do que custava a edição simples, mas não me arrependo nem um pouco. Um filme desses vale muito mais.

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