25 de março de 2006

A Praia

A Praia começa mal logo pelo trailer visivelmente voltado ás menininhas que ainda se sentiam molhadinhas com as peripécias de DiCaprio pós Titanic. O segundo filme de Danny Boyle com capital norte americano afugentou não só as doces púberes que não devem ter entendido lhufas daquele emaranhado de violência, drogas e disputa por poder, como os nerds cinéfilos (de verdade) que nem se deram ao luxo de ir assistir a uma película estrelada pelo ex-senhor Bünchen. Bem distante da qualidade vista em seus primeiros filmes (Cova Rasa, Trainspotting – Sem limites), mas nem tão lixo como pode parecer. Ainda estão lá os enquadramentos arrojados, o humor cinicamente cool, a violência extremista se auto justificando e como em todos seus filmes, personagens em busca de seu Shangrilá existencial. Pecado maior é a edição que perde tempo fazendo vez de cartão postal da praia em si, diga-se de passagem, a mesma que se tornou notória com a chegada do tsunami no fim de 2004. E se perdemos tempo de um lado, por outro se corre. De uma hora a outra o protagonista endoidece e ninguém entende direito o porquê, até o mundinho maravilhoso dos maconheiros desanda de forma copiosamente ingênua. Dá pra se divertir, claro, mas ao final há uma frase que não sai da cabeça: “E daí?”.

A Praia (The Beach)
- EUA 1999 De Danny Boyle com Leonardo DiCaprio, Tilda Swinton, Virgine Ledoyen 119’ Aventura


DVD - Menus animados chiquérrimos, todos inteligados! De extra, o principal é o tal trailer ao som de Moby pra você ver que não estava mentindo na resenha e algumas cenas excluídas. Nessas cenas há um final alternativo menos esperançoso que poderia ter salvado a pátria literalmente. A Faixa de áudio com comentários do diretor porcamente não está legendada em português. E tava me esquecendo da “cerejinha do bolo”, um pavoroso clip das All Saints. Quem?


Cotação:

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