Ingrid Bergman nos presenteia talvez com a interpretação mais fofa de sua vida. Tão desprotegida que dá vontade de gritar que seu marido é um bandidão tentando fazê-la de louca pra botar as patas na fortuna da tia morta. Nitidamente, e com insuspeita classe, esse filme da época das trevas Hollywoodiano faz proveito do espírito de Rebecca. Está presente o casarão, o quadro da finada entre outras pitadas do sucesso recente de Hitchcock, embora suas raízes não sejam um livro, e sim uma produção teatral inglesa também de 1940. Seu clima de eterno desamparo, com luzes instáveis e o fog londrino escondendo o horizonte, assume na segunda metade postura muito mais policial do que suspense, e nessa virada o personagem de Joseph Cotten ganha força abrupta demais, mas é um alívio que desponte alguém que ajude a mocinha. Charles Boyer, a esta altura consagrado como grande, parece ter no papel de vilão mor a chance de parecer perfeito usando sua antiquada interpretação típica do cinema mudo, cheio de caras e bocas. Coroando o elenco de luxo está Angela Lansbury como a petulante empregadinha do tipo cama e mesa, seu primeiro personagem adulto. Dirigido por George Cukor (gigante responsável por incontáveis clássicos nos mais diversos gêneros) é bastante prazeroso na franca nobreza cinematográfica.
À Meia Luz – Gaslight
- EUA 1944 De George Cukor Com Ingrid Bergman, Charles Boyer, Joseph Cotten, Dame May Whitty, Angela Lansbury, Barbara Everest, Emil Rameau 114’ Suspense
DVD - Outro espetacular lançamento da Warner com a capinha e menus reproduzindo o pôster original. Contendo lado A e B, traz como extra nada menos do que a versão feita na Inglaterra quatro anos antes, trailer do americano e documentário apresentado por Pia Lindström, a filha menos famosa de Ingrid Bergman. A curiosidade máxima fica por conta do filmete com a entrega do Oscar de 1944, no qual à Meia Luz saiu vitorioso nas categorias atriz e direção de arte (Decoração). Na época, sem TV, o prêmio da Academia era bem artificial. Aliás, bem mais artificial.
Depois de Greta Garbo, Hollywood importou da Suécia outra linda atriz. Talentosa e charmosa, Ingrid Bergman adaptou-se bem à América e, mesmo com o escândalo com Rosselini ainda conseguiu brilhar.ótima escolha de filme. Vc já assitiu a versão anterior?
Não sabia que existia uma versão anterior.Mas.essa é sem dúvida ótima.Gosto muito do Joseph Cotten e da Ingrid Bergman.Achei interessante,ver a "senhora Fletcher"(Ângela Lansbury) fazendo papel de pilantra. Charlhes Boyer,era daqueles franceses sedutores que conseguiram brilhar no cinema,sem se apoiar só na beleza. Excelente filme de suspense.
Depois de Greta Garbo, Hollywood importou da Suécia outra linda atriz. Talentosa e charmosa, Ingrid Bergman adaptou-se bem à América e, mesmo com o escândalo com Rosselini ainda conseguiu brilhar.ótima escolha de filme. Vc já assitiu a versão anterior?
ResponderExcluirJacques, ainda não, mas assistirei. Parece que na época a MGM o proibiu nos EUA por causa deste.
ResponderExcluirNão sabia que existia uma versão anterior.Mas.essa
ResponderExcluiré sem dúvida ótima.Gosto muito do Joseph Cotten e
da Ingrid Bergman.Achei interessante,ver a "senhora Fletcher"(Ângela Lansbury) fazendo papel de pilantra.
Charlhes Boyer,era daqueles franceses sedutores que conseguiram brilhar no cinema,sem se apoiar só
na beleza. Excelente filme de suspense.