12 de junho de 2008

Supergirl

É uma aventura na cola do mega hit que foi o Superman de 1978. Mas poderia ser uma comédia. Involuntária, claro! Os produtores cercaram-se de tudo o que poderia ser bom, menos de um roteiro condizente, adulto, que exigisse o mínimo da inteligência madura da platéia. Tivesse meia hora a menos e crianças de 6 a 8 anos iriam adorar! Alguns sobreviventes de Kripton, sabe-se lá como, sobreviveram e moram em nave (ou planeta) pacificamente. Um cientista (Peter O'Toole pagando seus pecados), mesmo tendo criado tudo aquilo, é idiota o bastante para roubar uma bola sagrada vital ao funcionamento de tudo para manufaturar esculturas de isopor. Acidentalmente a garota Kara (de pau?), prima do Homem de Aço (repetirá isso o tempo todo!), cria uma libélula gigante (!!!) que quebra o vidro (plástico) o que faz com tal bola perca-se no espaço graças ao vácuo. Por ter colocado todos os kriptonianos em perigo novamente, a loirinha então parte em uma nave experimental rumo à Terra, e o roteiro também nunca explica como sabia a trajetória do artefato... Tá! A esfera poderosa cairá no molho da ambiciosa bruxa Selena (Faye Dunaway!!!), em um piquenique. A sucessão de absurdos parece infinita. Ao cair no fundo de um lago, a garota já sai voando, e seus trajes de toga grega viram o de cheerleader jeitosinha como mágica. Esse poder de transmutação não é nada perto do disfarce que usará para passar como humana. Ao contrário do primo famoso que usa óculos e um terno, ela muda a cor do cabelo para preto como Linda Lee! Se ele necessita de uma cabine telefônica para se trocar, ela muito mais prática simplesmente se transforma! Se ele tem como meta salvar o mundo de um empresário terrorista, ela está mais envolvida em resolver problemas do coração, ou escapar da tal bruxa que enfeitiça (e disputa) seu interesse amoroso. Vergonhoso teatrinho infantil! Helen Slater foi considerada uma das causas do fracasso, mas é óbvio que dos males o menor. Agora os grandes nomes envolvidos no projeto, atuando no piloto automático são revoltantes. Dunaway e O'Toole disputaram a Framboesa de Ouro daquele ano merecidamente. Esqueceram de Mia Farow como mãe da protagonista, talvez porque seja uma pequena participação, mas igualmente triste! Mas sabe o que é divertido? Notar tanto dinheiro gasto em algo hilário de tão cafona e achar as falhas dos efeitos especiais muito amadores. Os cabos responsáveis pelo vôo da Supermoça são visíveis o tempo todo! Ou a sombra das roldanas que os sustentam... Taí uma super vídeo cacetada!

Supergirl – Supergirl

- EUA 1984 De Jeannot Szwarc Com Helen Slater, Faye Dunaway, Peter O'Toole, Mia Farrow, Peter Cook, Simon Ward, Maureen Teefy, Hart Bochner, Brenda Vaccaro 124’ Aventura


DVD - Epa! Nem só de horror vive a Works (London Films)! Se bem que Supergirl em termos de trash bate de 10 a zero em qualquer filme da Hammer. Tem ótima qualidade de imagem e áudio, tinindo de novos. Os menus animados também são bacanas, com a música (irritante) composta por Jerry Goldsmith. Não há nada de extra, mas lá fora saiu uma edição do diretor, com minutos a mais, o que desperta algum interesse pelo tamanho do abacaxi que é a edição comercial, já bastante longa.

Cotação:

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