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28 de outubro de 2008

A Batalha dos Monstros

Ocidentais adoram teorizar sobre o sucesso dos monstros gigantes dos filmes japoneses. Se a do trauma causado pelas bombas atômicas americanas em Hiroshima e Nagasaki estiver correto, este A Batalha dos Monstros ganha sabor de paz na Terra total! Para conquistar de vez as platéias dos EUA há dois personagens ocidentais importantes, e não apenas cenas enxertadas no país do Tio Sam como a Toho fez com os do Godzilla. Dois garotos curiosos (um japonês e outro inexplicavelmente norte americano), entram numa nave espacial que imediatamente os leva a outro planeta, mais precisamente Tera, o 10º do Sistema Solar. A armadilha foi criada por duas habitantes locais que pretendem comer seus cérebros e assim adquirir todo o conhecimento necessário (!!!) para a conquista da Terra. O roteiro não especifica em momento algum porque com tantos cientistas coisa e tal, escolheram dois garotinhos, mas enfim... Lógico que serão salvos por Gamera, a tartaruga gigante que cospe fogo por todos os orifícios e é uma espécie de Godzilla, mas com personalidade menos volúvel do que ele. Desde a sua primeira produção é amiga das criancinhas e ponto! Aqui enfrentará Giron, um dos seus famosos arquiinimigos, misto de serrote com tubarão e toupeira. E dá-lhe pancadaria em cenários de papelão hiper coloridos... Ingênuo, brega e hilário! Espere para a mensagem pacifista final e não caia na gargalhada se conseguir.

A Batalha dos Monstros – Gamera tai daiakuju Giron (Attack of the Monsters)

- Japão 1969 De Noriaki Yuasa Com Nobuhiro Kajima, Miyuki Akiyama, Christopher Murphy, Yuko Hamada, Eiji Funakoshi, Kon Omura, Edith Hanson 80’ Ficção Científica


DVD - Oportunidade única! Dois filmes de Gamera num mesmo DVD. A London (WorksDVD) incluiu A Batalha dos Monstros e Destruam Toda a Terra no box Sci-Fi, juntamente a outras 18 perolas retrô, incluindo o primeiro da tartaruga gigante. Todos agora são encontrados em pequenas lojas a preços pra lá de camaradas. A imagem está bem ruim em fullscreen e o áudio dublado de qualquer jeito em inglês, mas numa produção deste tipo qualquer qualidade se torna luxo inimaginável.

Cotação:

11 de setembro de 2008

Eles Vieram do Espaço Exterior

A melhor parte, mas melhor mesmo, é no final quando os heróis descobrem um jeito de proteger mentes de serem invadidas pelos alienígenas. Constroem um capacete de prata que dá pra jurar ser nada mais, nada menos do que um escorredor de arroz pintado! O duro é agüentar o filme até ali. Como 99,9% dos de baixo orçamento, compensam cenas de ação com um interminável blábláblá... Produção da Amicus, concorrente da Hammer, possui muita similaridade com Vampiros de Almas, claro, sem a mesma competência, mas com algum charme trash. Depois que três meteoritos caem na Terra, cientistas vão sendo possuídos por alienígenas, enquanto populações inteiras são atacadas por estranha doença fatal. Muito confuso, as explicações são tantas que fica chato e não tapam a maioria dos furos no roteiro. Por tanto, não se preocupe em tentar entender! Facilmente nos faz dar boas risadas e ainda tem a atriz Jennifer Jayne belíssima tanto boazinha quando malvadinha. Cinematograficamente espanta como é mal feito, sendo que o diretor tem uma carreira longa, incluindo clássicos da Hammer Films.

Eles Vieram do Espaço Exterior – They Came from Beyond Space

- Inglaterra 1967 De Freddie Francis Com Robert Hutton, Jennifer Jayne, Zia Mohyeddin, Bernard Kay, Michael Gough, Diana King 85’ Ficção Científica


DVD - Pode ser baixado de graça em qualquer site de troca de arquivos sem copyrights, embora para colecionadores a London Films (WorksDVD) o comercializou junto a outra bomba no gênero. A imagem está pútrida e não há extras fora biografias mal escritas do diretor e do “astro” principal.

Cotação:

28 de agosto de 2008

O Invasor Galáctico

Vergonha alheia! Legítimo herdeiro das ficções científicas 50’s, mas que não fica na paródia, na avacalhação o que é pouco comum. É interessante a tentativa de seguir ipsis litteris uma rebuscada produção científica com os recursos artísticos e financeiros que tinham a seu alcance! O resultado? É quase impossível não cair às gargalhadas durante todo o tempo. Efeitos especiais péssimos, diálogos sem sentido, fotografia acidental, interpretações que nem nas épocas de cruzadinha na igreja vi semelhantes. E o principal: elenco medonho, trajando o último grito da moda do começo dos 80. A história é simples e eficiente. Alienígena, parecido com o Mostro da Lagoa Negra, sabe Deus por que, cai na Terra, precisamente na zona rural (!!!) de Baltimore, o que despertará a cobiça de um grupo de caipiras malvados que decidem capturá-lo para ganhar dinheiro. Muitos mortos, armas laser de plástico e um plot familiar mal e parcamente explorado durante uma hora e 20 minutos. Está ruim? Espere pelo final inacreditável!



O Invasor Galáctico – The Galaxy Invader

- EUA 1985 De Don Dohler Com Richard Ruxton, Faye Tilles, George Stover, Greg Dohler, Anne Frith, Richard Dyszel, Kim Dohler 80’ Ficção Científica


DVD - Nos últimos suspiros da Works DVD (London Films) ela vendeu estas produções baixadas de sites que disponibilizam produções aparentemente sem copyrights. A tiragem pequena fez com que desaparecessem das lojas num estalo. Cada disco traz dois filmes do mesmo gênero, com qualidade precária, nos minutos finais a imagem simplesmente some como se a matriz em VHS (!!!) estivesse mofada. Vale sem dúvida para se guardar estas obras primas classe Z.

Cotação:

12 de agosto de 2008

Marte Ataca!

Além de levar o pouco honroso título de o primeiro filme baseado em figurinhas de chiclete, ainda se deu ao luxo de usar um dos elencos mais estrelares já reunidos. Tão escachado e ao mesmo tempo tão hermético, é político-social crítico como poucas vezes vimos vindo de um grande estúdio de Hollywood. Tim Burton usou a série de imagens 60’s para reverter a interpretação que as produções com invasões alienígenas se prestavam no passado. “Pobre EUA, sempre sendo ameaçado por forças externas terríveis!”. Nos mornos anos noventa a Guerra Fria com seus perversos comunistas à espera de uma brecha da grande águia democrática já tinha saído faz tempo do imaginário popular. Deu lugar à não menos xenófoba paranóia quanto à invasiva chegada de latinos (ou qualquer outro estranegiro) em busca de seu lugar ao sol. Não é à toa de que o grande herói se revelará o adolescente xicano vendedor de Donuts, enquanto os americanos aparecem mais idiotas e presunçosos do que de costume. Como não há quem goste de dedos em riste contra seu nariz, não houve por lá quem achasse graça. Deste lado do equador, para quem se permitir rir e pensar ao mesmo tempo, aplaudirá o espetáculo de referências aos “grandes” momentos do cinema B da décadas 50 e 60. Burton não abriu mão inclusive de misturar inúmeras imagens de arquivos de velhas fitas catastróficas como convinha ao gênero. Ainda arranjou papéis para muitos astros de outros tempos como Pam Grier, musa dos blaxploitation que depois trabalharia com Quentin Tarantino, e Sylvia Sidney, que como a vovozinha esquecida num asilo teve seu último trabalho na tela grande antes da morte em 1997. O compositor Danny Elfman tem na trilha sonora de Marte Ataca! um dos pontos altos de sua carreira.

Marte Ataca! – Mars Attacks!

- EUA 1996 De Tim Burton Com Jack Nicholson, Glenn Close, Annette Bening, Pierce Brosnan, Danny DeVito, Martin Short, Sarah Jessica Parker, Tom Jones, Lukas Haas, Pam Grier, Lisa Marie, Natalie Portman, Sylvia Sidney, Christina Applegate, Black Jack 106’ Ficção Científica/Comédia


DVD - Este lançamento antigo da Warner recebeu reimpressão substituindo capinhas de papelão perecíveis. O conteúdo continuou o mesmo, com os desconfortáveis dois lados, tendo fullscreen e widescreen em cada um, o que nos faz sempre deixar marcas de dedos. O filme roda automaticamente, o que parece outra lembrança da época pré-histórica do DVD. No menu principal não há a função iniciar, o que nos obriga a entrar no filme através da seleção de capítulos. De extras, muito texto em inglês, dois trailers também sem versão em português, e a opção de se assistir à película sem os diálogos. Ao entrar em o áudio, repare na opção “marciano” e clique!

Cotação:

5 de julho de 2008

O Expresso do Horror

Filme ruim muito bom! Climático, o tempo fez bem a ele. Começa como terror de monstro clássico, e na segunda metade vira suspense, com inúmeros personagens freaks vítimas em potencial. Destaca-se entre estes um monge com sede de poder de rivalizar com Rasputin suspeitíssimo! Ainda consegue incluir ficção científica, zumbis e espionagem, mas acredite, tanta mistura não o transformou em uma comédia involuntária. Pelo menos não tanto quanto aparenta. Nessa virada de gêneros, Christopher e Lee e o sempre grande Peter Cushing (Drácula e Van Helsing respectivamente da Hammer) ainda terão a oportunidade de superar a inimizade em prol da solução do mistério. A presença dos dois com diálogos espirituosos (“Nós monstros? Mas nós somos britânicos!”) já valeria à pena, mas a trama é interessante. No começo do século passado (perto da revolução russa) paleontólogo (Lee) embarca em trans-siberiano junto a misterioso fóssil que descobriu. Ao tentar arrombar o caixote que o transporta, famoso ladrão aparecerá assassinado, com os olhos brancos esbugalhados. A criatura tem o poder de absorver a mente de quem se aproxima, e claro, essa primeira morte vem bem a calhar para quem está preso. Toda a ação se passa dentro do claustrofóbico trem, o que faz com que não seja permitido a ninguém o desembarque ou embarque. Além, óbvio, de poupar recursos financeiros. Divertidíssimo, tem alguma violência gore explícita.

O Expresso do Horror – Horror Express

- Inglaterra/Espanha 1973 De Eugenio Martín Com Christopher Lee, Peter Cushing, Alberto de Mendoza, Silvia Tortosa, Julio Peña, Ángel del Pozo, Helga Liné, Alice Reinheart, Juan Olaguivel, Telly Savalas 87’Horror/Suspense


DVD - Lançado em VHS como Horror Express e em DVD duas vezes, pela London (WorksDVD) e a obscura Kives, é um desperdício com tantos filmes de horror do período simplesmente inéditos no Brasil. Pode-se colocar a culpa na falta de direitos autorais já que haveria uma disputa judicial envolvendo os herdeiros do produtor. Esta cópia (da Kives) manteve a arte igual na capa igual à lançada nos EUA, e sua metragem idem, com três minutos a menos. A imagem em widescreen apresenta alguns riscos, mas servem de charme pelo estilo da produção. Nesse sentido é legal não estar nítida demais, ou restaurada, preservando aquela cara trash 70’s, com fotografia desbotada. Os extras se resumem às gigantescas filmografias de Lee e Cushing.

Cotação:

12 de junho de 2008

Supergirl

É uma aventura na cola do mega hit que foi o Superman de 1978. Mas poderia ser uma comédia. Involuntária, claro! Os produtores cercaram-se de tudo o que poderia ser bom, menos de um roteiro condizente, adulto, que exigisse o mínimo da inteligência madura da platéia. Tivesse meia hora a menos e crianças de 6 a 8 anos iriam adorar! Alguns sobreviventes de Kripton, sabe-se lá como, sobreviveram e moram em nave (ou planeta) pacificamente. Um cientista (Peter O'Toole pagando seus pecados), mesmo tendo criado tudo aquilo, é idiota o bastante para roubar uma bola sagrada vital ao funcionamento de tudo para manufaturar esculturas de isopor. Acidentalmente a garota Kara (de pau?), prima do Homem de Aço (repetirá isso o tempo todo!), cria uma libélula gigante (!!!) que quebra o vidro (plástico) o que faz com tal bola perca-se no espaço graças ao vácuo. Por ter colocado todos os kriptonianos em perigo novamente, a loirinha então parte em uma nave experimental rumo à Terra, e o roteiro também nunca explica como sabia a trajetória do artefato... Tá! A esfera poderosa cairá no molho da ambiciosa bruxa Selena (Faye Dunaway!!!), em um piquenique. A sucessão de absurdos parece infinita. Ao cair no fundo de um lago, a garota já sai voando, e seus trajes de toga grega viram o de cheerleader jeitosinha como mágica. Esse poder de transmutação não é nada perto do disfarce que usará para passar como humana. Ao contrário do primo famoso que usa óculos e um terno, ela muda a cor do cabelo para preto como Linda Lee! Se ele necessita de uma cabine telefônica para se trocar, ela muito mais prática simplesmente se transforma! Se ele tem como meta salvar o mundo de um empresário terrorista, ela está mais envolvida em resolver problemas do coração, ou escapar da tal bruxa que enfeitiça (e disputa) seu interesse amoroso. Vergonhoso teatrinho infantil! Helen Slater foi considerada uma das causas do fracasso, mas é óbvio que dos males o menor. Agora os grandes nomes envolvidos no projeto, atuando no piloto automático são revoltantes. Dunaway e O'Toole disputaram a Framboesa de Ouro daquele ano merecidamente. Esqueceram de Mia Farow como mãe da protagonista, talvez porque seja uma pequena participação, mas igualmente triste! Mas sabe o que é divertido? Notar tanto dinheiro gasto em algo hilário de tão cafona e achar as falhas dos efeitos especiais muito amadores. Os cabos responsáveis pelo vôo da Supermoça são visíveis o tempo todo! Ou a sombra das roldanas que os sustentam... Taí uma super vídeo cacetada!

Supergirl – Supergirl

- EUA 1984 De Jeannot Szwarc Com Helen Slater, Faye Dunaway, Peter O'Toole, Mia Farrow, Peter Cook, Simon Ward, Maureen Teefy, Hart Bochner, Brenda Vaccaro 124’ Aventura


DVD - Epa! Nem só de horror vive a Works (London Films)! Se bem que Supergirl em termos de trash bate de 10 a zero em qualquer filme da Hammer. Tem ótima qualidade de imagem e áudio, tinindo de novos. Os menus animados também são bacanas, com a música (irritante) composta por Jerry Goldsmith. Não há nada de extra, mas lá fora saiu uma edição do diretor, com minutos a mais, o que desperta algum interesse pelo tamanho do abacaxi que é a edição comercial, já bastante longa.

Cotação:

21 de abril de 2008

Papai Noel Conquista os Marcianos

As honras de estar na lista dos piores de todos os tempos no IMB já dizem tudo! Seus erros (literais!!!) começam logo nos créditos iniciais ao som do empolgante canção “Hooray For Santy Claus”, lê-se "custume designer" ao invés de costume... Parece que estamos vendo uma terrível peça de fim de ano feita numa escola suburbana, ou o que aconteceria se o Chaves resolve-se num momento de insanidade produzir uma ficção científica! Um tropeço atrás do outro, dos figurinos confeccionados visivelmente com sucata às interpretações ridiculamente amadoras, nada se salva neste sui generis exemplo de incompetência cinematográfica. O Papai Noel em sua esfuziante alegria, cheia de “ho ho hos”, era pra ser bacana, mas dá pra bendizer sua ida a Marte! Chega a dar dó da pequena Pia Zadora, “ex quase pop star” nos 80, como a marciana mirim sempre com os olhinhos assustados. Trash total com o argumento, curiosamente, parecido ao de O Estranho Mundo de Jack. As crianças de Marte estão incrivelmente tristes porque apenas estudam e ficam assistindo programas da TV terrestre. Assim descobrem que está chegando o Natal. O rei daquele planeta não pensa duas vezes e vai até o pólo norte seqüestrar o bom velhinho sem imaginar as conseqüências catastróficas. Repare o zíper nas costas do urso polar que ataca a garotada... Num mundo justo, Papai Noel Conquista os Marcianos tiraria a coroa de pior filme já feito de Plan 9 From Outer Space.

Papai Noel Conquista os Marcianos – Santa Claus Conquers the Martians

- EUA 1964 De Nicholas Webster com John Call, Leonard Hicks, Vincent Beck, Pia Zadora, Leila Martin 81’ Ficção Científica


DVD - Caiu em domínio público. Pode ser facilmente achado em site de downloads do gênero, e foi lançado por inúmeras distribuidoras nos EUA. Aqui a Works de forma inteligente o distribuiu num mesmo disco com Os Adolescentes do Espaço. Ambos formam uma excelente sessão pra quem gosta de porcarias.

Cotação:

19 de abril de 2008

Guerra dos Mundos (1953)

Competente primeira versão da obra de H. G. Wells para o cinema, e um retumbante sucesso. Aparentemente bem envelhecido, é de 1953, mas parece ser do inicio da década passada! Bancado por um grande estúdio (Paramount), possui inúmeros recursos que seriam amplamente imitados nas sucessivas cópias, imitações e ficções científicas B 50’s, como imagens de arquivo, que aqui ganham destaque por serem de cine jornais da segunda guerra e, portanto preto e branco e o resto da película em brilhante Tecnicolor. Essa pobreza franciscana acaba dando pontos a mais que a recente refilmagem assinada por Steven Spielberg. As naves alienígenas são uns caraminguados, em duas ou três cenas até nos permite ver os fiozinhos que a sustentam no ar. Mesmo quando o extraterrestre é visto, soltando um gritinho e saindo correngo tipo “bem lôca”, é condizente quando eles acabam sendo vítimas de vírus e bactérias. Aqueles da nova versão, hiper hi-tec, vieram dominar o planeta cheios de pompa e nem estudaram a existência de microorganismos? Interpretações mil à história, originalmente dramatizada no rádio por Orson Wells, pode representar o medo da ameaça comunista que vinha da Europa, e isto fica evidente com os raios avermelhados, ou o bucólico lugar onde as naves pousam pela primeira vez, cheio de gente pacata de espírito “american way” elevado. Mas também o mal que a TV, recém inaugurada em Londres, poderia trazer aos hábitos do novo mundo. A base militar marciana não deve ser na Inglaterra à toa, nem os olhos da sonda em RGB...

Guerra dos Mundos – The War of the Worlds

- EUA 1953 De Byron Haskin Com Gene Barry, Ann Robinson, Les Tremayne, Robert Cornthwaite, Lewis Martin, Houseley Stevenson Jr., Cedric Hardwicke 85’ Ficção Científica


DVD - Primeira das duas edições comercializadas pela Paramount no Brasil. Esta ao ser anunciado o remake, tem na capa até estampado “a primeira invasão!” só tem o trailer de cinema como extra. A imagem possui full frame, que seria as dimensões originais, e embora cristalina na maior parte do tempo, aparecem alguns riscos do negativo.

Cotação:

21 de fevereiro de 2008

Interstella 555 – The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem

Cinco amigos de uma galáxia distante passam o tempo tocando música até que empresário ganancioso os seqüestra para ganhar inúmeros discos de ouro no Planeta Terra. Com este argumento de ficção científica chinfrim concretizou-se um dos projetos mais ousados da atualidade, praticamente o último filme mudo que se tem notícia. E é anda por cima é um musical em desenho animado gerado a partir de um disco de música eletrônica... Pagou seu preço como exercício ante a estável narrativa verbal cinematográfica, sendo recebido com extrema frieza depois do hype gerado pelos quatro clipes do Daft Punk que o antecederam. Tendo no comandado o mestre Leiji Matsumoto (do animé clássico Patrulha Estrelar), o longa dá continuidade aos “capítulos” lançados a cada nova faixa de trabalho do álbum Discovery, assim como qualquer canção pop em épocas de MTV. Ferramenta ideal para se criar super stars como os pobres Crescendolls da película. Não é realmente fácil de ser assistido! Por mais que o visual seja detalhadíssimo, e o estilo das cores e traços vulgarmente combinarem com o som 70’s a falta de diálogos o faz funcionar muito melhor para ser o DVD que fica rodando enquanto a gente faz alguma coisa do que filme em si para ser visto no cinema. Pelo menos o que se olha de relance proporciona quase uma alegria infantil!

Interstella 555 – The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem

- França/Japão 2003 De Kazuhisa Takenouchi 65’ Musical/Animação/Ficção Científica


DVD - Tal e qual um CD de áudio, lançado praticamente idêntico ao que foi lá fora. O que explica os menus estarem só em inglês e francês. Há um batalhão de extras, e os menus randômicos completam o clima retrô high-tec do filme. Muito ruim os botões que dão acesso ao material bônus não conterem descrições em texto do que se trata... Bacana a seleção de capítulos parecendo um jukebox: Não se precisa ver o filme em tela cheia, mas no topo deixando todas as outras cenas (clips) á disposição.

Cotação:

18 de fevereiro de 2008

O Alerta do Espaço

Sushi/rocambole envolvendo vedetes, criancinhas em perigo, alienígenas, transmutação, superaquecimento global e mais um monte de disparates em clima kitsh verdadeiramente 50’s! Dita como a primeira ficção científica japonesa a cores, O Alerta do Espaço pode surpreender quem espera só mais um trash com alienígenas em trajes ridículos. Sim! Os alienígenas em trajes ridículos marcam presença de forma memorável! Mas o roteiro repleto de personagens interessantes que aparecem e somem, e uma trama que vai se transformando quase que como um caleidoscópio surreal, faz dele um filme que merece ser assistido de forma mais séria. Detalhe: os atores (entre eles Bontarô Miyake, de Tora! Tora! Tora!) estão ali interpretando de forma honesta e vivaz e o tal alerta do título, que a inicio é sobre uma poderosa bomba que está para ser inventada pelos terráqueos, respalda em momentos aflitivos. Muito semelhantes ao que se imagina que será quando o aquecimento global chegar ao seu ápice. Vai de ficção científica a filme catástrofe de forma nada sutil mas imaginativa. Quero acreditar que aqueles animais sofrendo não estejam envenenados de verdade...

O Alerta do Espaço – Uchûjin Tôkyô ni arawaru (Warning From Space / The Cosmic Man Appears in Tokyo / The Mysterious Satellite)

- Japão 1956 De Koji Shima Com Keizo Kawasaki, Toyomi Karita, Bin Yagasawa, Bontarô Miyake, Mieko Nagai, Kiyoko Hirai, Isao Yamagata 88’ Ficção Científica


DVD - A Works DVD tem feito maravilhas lançando preciosidades em DVD que podem ser baixadas facilmente em sites que disponibilizam filmes sem copyrights, mas.... Podia dar uma restauradinha nos arquivos, né? Aqui compramos um DVD (com menus caprichados) e levamos dois filmes, com imagem inferior inclusive à época do VHS. Há momentos que simplesmente é necessário usar a imaginação para se descobrir o que está passando na tela.

Cotação:

17 de novembro de 2007

Guerra dos Mundos (2005)

Muita bobagem já foi dita desta releitura de Steven Spielberg para o romance homônimo de H. G. Wells. Não se engane! Você terá exatamente o que imagina, quase duas horas de ininterrupta adrenalina! Óbvio que as comparações com o clássico de 1952 existem, mas aqueles eram outros tempos... Os paralelos com os que vêm do espaço sideral são muito mais fortes em qualquer ameaça á instituição “Família” do que comunistas á espreita da tão querida América. Seus olhos verão coisas assustadoras e absurdamente reais e tais apuros técnicos valem sim o tempo gasto assistindo ao sempre canastrão Tom Cruise tentando proteger não o mundo, como se deveria esperar de um herói altruísta de outrora, mas sua prole. Mesmo que sua filha, a prodígio Dakota Fanning, seja insuportável o suficiente para se torcer que seu fim chegue o quanto antes nas garras de um tripod! Estamos diante de um filme do senhor Spielberg, exibindo ainda fôlego para nos mostrar que qualquer coisa com sua assinatura é garantia de diversão espetacular, familiar e os melhores efeitos especiais. O calcanhar de Aquiles é exatamente essa sua assinatura, que compromete vergonhosamente o final da história. Durante toda a metragem os efeitos são tão sensacionais, os alienígenas são tão maléficos e colossais que quase nos leva às gargalhadas o simples e ridículo desfecho. É impossível ao final o saborzinho de ter sua inteligência subjugada por um velhinho que há muitos anos só repete sua fórmula de extremista em pirotecnia cinematográfica e o pior do caretismo classe média estadunidense.

Guerra dos Mundos – War of Worlds
- EUA 2005 De Steven Spielberg Com Tom Cruise, Dakota Fanning, Miranda Otto, Tim Robbins 116’ Ficção Científica/Aventura


DVD - O que estes filmes, feitos pelas majors americanas, têm de óbvios suas edições duplas em DVD seguem os mesmos passos. Os menus animados (e cansativos) nada mais são que cenas do próprio longa, e os extras não trazem nada além do making of gigantesco, dividido em 4 documentários como diários da produção. O que não é de todo ruim. Estranho que temas tão saborosos tenham sido ignorados. O autor H.G. Wells tem um rapidíssimo especial, e sobre a versão clássica (da própria Paramount diga-se de passagem) ouve-se só de raspão. Assim como a película, só mais um produto aprovado por um engravatado atrás de uma grande mesa em Hollywood á espera do fio metal.

Cotação: