16 de dezembro de 2008

Faster, Pussycat! Kill! Kill!

Strippers caratecas assassinas fazendo arruaça pelo deserto em carrões envenenados. Com estas peças, tem como decepcionar? Até poderia se tudo descambasse para a ação descontrolada ou qualquer outro extremo. Russ Meyer demonstra ter controle de tudo, uma absurda noção do lixo pulp que estava dirigindo sem a mínima culpa de ser sexplotation. Não leva o material a sério em nenhum momento, mas é respeitoso com os paradigmas da cultura pop ainda em formação na metade dos 60. Cada quadro é em sua vulgaridade de uma beleza plástica inacreditável! A trama é pura desculpa pra usar as personagens em seus dotes máximos, parecendo mais piloto de seriado de aventura do que outra coisa. As três, lideradas por Varla (Tura Satana, pinup de verdade!) encontram um casal boboca, acabam matando o carinha e seqüestrando a mocinha. Vão se meter com desajustada família de caipiras endinheirados, por acaso, farinha do mesmo saco das fulanas. Engraçado, tem ainda uma trilha sonora de jazz dialogando perfeitamente tanto nas cenas de aventura quanto nas do mais puro dramalhão barato. Há um boato, faz muito tempo, de que Tarantino estaria interessado num remake. Chegaram até a noticiar a escolha de Britney Spears para ser a Varla, o que não tem sentido algum. O diretor já usou incontáveis elementos dele em seus filmes desde Cães de Aluguel até Death Proof.

Faster, Pussycat! Kill! Kill!

- EUA 1965 De Russ Meyer Com Tura Satana, Haji, Lori Williams, Sue Bernard, Stuart Lancaster, Paul Trinka, Dennis Busch, Ray Barlow 83’Ação/Comédia


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