3 de março de 2008

A Filha de Drácula

Como seria explicada a carnificina nos filmes de horror para a polícia? Quase sempre acabam antes disto acontecer. Esta seqüência do clássico Drácula de 31, aquele com Bela Lugosi, parte deste ponto. Professor Van Helsing (estranhamente renomeado Von Helsing) terá que prestar contas dos dois cadáveres do fim da película anterior. Como segundo de uma série há mais furos que uma peneira. Começa que não eram apenas dois mortos, e Helsing precisa para explicar os possíveis crimes contar apenas com um ex aluno, e nem cogita no casal Mina e Jonathan presentes na hora em que as estacas fizeram seu trabalho. Curioso como entre um e outro só se passaram 5 anos, mas cinematograficamente e tecnicamente parecem décadas! Há muito mais cenários além das interpretações estarem mais suaves, longe das caretas típicas do cinema mudo que o de Lugosi ainda mantinha mesmo sonoro. A produção classe A da Universal garante um requinte gótico, mas distante do visto em a Noiva de Frankenstein. Agora bacana, bacana, a ponto de merecer ser visto e revisto é a presença sofisticada de Gloria Holden como a Condessa Marya Zaleska, a filha do coisa ruim em si. De rosto forte convence como a aristocrata lutando contra a incontrolável maldição familiar. Ao contrário de seu papai que usava o poder de seus olhos para hipnotizar suas vítimas, faz uso de um anelão secular. A Filha de Drácula também ficou famoso por suas conotações lésbicas. Zaleska é só elogio quando uma moçoila desavisada tira a roupa na sua frente. Repare em Hedda Hopper, que mais tarde se tornaria uma das principais fofoqueiras da imprensa hollywoodiana, participando como grã fina em uma cena.

A Filha de Drácula – Dracula’s Daugther

- EUA 1936 De Lambert Hillyer Com Gloria Holden, Otto Gruger, Margueritte Churchill, Edward Van Sloan, Gilbert Emery 71’ Horror


DVD - A Works DVD colocou no mesmo disco O Filho do Drácula, terceiro filme da série. Está com uma ótima qualidade de imagem e legendas e possui de extras o trailer original dos dois mais o de 1931. Este tem uma narração não presente no que vem em Drácula lançado pela Universal. É preciso ser dito o quão fantástico ficou o menu da parte de A Filha de Drácula. Chega a dar calafrios!

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