23 de fevereiro de 2008

A Coisa

Substância cremosa branca, achada ao acaso, é comercializada em potes como se fosse o sorvete Jundiá e consegue imenso sucesso. Pouco a pouco consumirá o cérebro dos desavisados. Com efeitos simples, mas eficazes, esta mistura de Invasores de Corpos e A Bolha vai muito bem até a segunda metade, quando o elenco parece cair em si da bobagem a qual está participando e leva tudo na brincadeira. Tem cenas sérias que eles chegam a esboçar sorrisos! Dirigido por Larry Cohen, mais famoso por ter dado cria ao trash Nasce um Monstro, consegue de forma inteligente criticar o vale tudo da indústria alimentícia. Detalhe, em 1985 foi quando historicamente a Pepsi resolveu peitar a Coca-Cola em feroz campanha publicitária. A Coisa, satirizado no humorístico TV Pirata, é parte da memória afetiva de muita gente. Na década de 80, nos primórdios do SBT (então TVS), fez parte do pacote dos únicos filmes que o canal possuía. Era exibido inúmeras vezes na Sessão das Dez após o Show de Calouros revezando com títulos do porte de Bem Vindo Ao Lar Bobby, sobre o despertar de um garoto gay, e O Segredo de Kate, drama de uma dona de casa com bulimia. Todos viravam assunto recorrente na hora do recreio da segunda-feira.

A Coisa – The Stuff

- EUA 1985 De Larry Cohen Com Michael Moriarty, Andrea Marcovicci, Paul Sorvino, Danny Aiello 87’ Suspense


DVD - A capinha tem um verde limão bonito que meu scanner não conseguiu reproduzir! De extra só texto com sinopse, que nunca se sabe pra que serve, e biografias de um ou outro quase famoso do elenco. Pelo menos o filme está com excelente imagem em widescreen.

Cotação:

2 comentários:

  1. Ah! Miguel você escrve muito bem e é dono de uma memória invejável. Era isso mesmo o que acontecia na hora do recreio da escola, o bate papo sobre o filme que havia passado na sessão de domingo à noite pelo sbt ou melhor pela tvs na época. Lembro-me muito deste filme, eu quase morri de medo na época, assustava-me toda vez que aquela massa branca saía da boca das pessoas ou simplesmente jogava-se na cara dos personagens. bastante tempo depois tive a oportunidade de assistí-lo novamente, e eu ri muito, mais muito mesmo, e perguntava-me: Porque sentíamos tanto medo de tamanha bobagem como esta?

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  2. Ricardo, boa pergunta. raramente revendo estes filmes, não me decepciono.

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