23 de abril de 2008

Calígula

19 No despertar do VHS, poucos filmes foram mais famosos que Calígula! Junto a Cristiane F., outra película mitológica, se aproveitou da ascensão do formato home vídeo para voltar a ser assunto de rodinhas curiosas, muito tempo depois da estréia nos cinemas. Com o frigir dos ovos desta nova era onde qualquer perversão está a um click do mouse pouco sobrou dele. Não há nenhuma sacanagem ali que não possa ser vista em mil e uma variações em qualquer site que o Google alcance. E pior, há um dramalhão histórico entre uma cena e outra que só causa bocejos... A propósito, se o seu interesse for exatamente esta parte, se prepare para incontáveis cenas de sexo explícito se esforçando pra chocar. Pelo menos não há engodo, nos créditos iniciais é bem claro que Tinto Brass fez um filme, e o produtor Bob Guccione (chefão da revista erótica Penthouse) depois de torcer o nariz o remontou como bem quis incluindo algumas cenas explícitas mais escrotas. Nota-se não só pelos closes genitais, felações a granel e ejaculações aqui e ali, mas porque estas seqüências possuem qualidade técnica bem inferior a todo o resto do filme. Fica-se imaginando atores como Peter O'Toole e Helen Mirren (que jamais aparecem nos momentos hardcore), que assinaram por um trabalho específico se vendo acidentalmente num projeto desta natureza...

Calígula – Calígola

- Itália/EUA 1979 De Tinto Brass/ Bob Guccione/ Giancarlo Lui com Malcolm McDowell, Teresa Ann Savoy, Guido Mannari, Peter O'Toole, John Gielgud, Helen Mirren, Mirella D'Angelo 155’ Drama/Pornô


DVD - Das inúmeras durações que há pelo mundo, a lançada no Brasil pela Europa Filmes é uma das mais longas. 155 minutos, um a menos que a inglesa e bem distante dos 210 do corte original. Pra nossa alegria, tem menus climáticos bem feitinhos e um documentário da época muito legal com quase uma hora de duração! Hilária a seriedade dos depoimentos e roupa das peladonas, tão fora de moda como o estilo “chefão mafioso” de Guccione de camisa aberta no peito cheio de correntes de ouro. Resgata preciosos depoimentos do elenco e do diretor de arte Danilo Donati, colaborador de Federico Fellini em Satyricon, assim como a ansiedade de público e jornalistas com todo o suspense em cima da produção antes da estréia. Só ele já vale a compra do disco!

Cotação:

5 comentários:

  1. putz, peguei o filme para ver anos atrás, achando que era uma obra polêmica e vi que era uma desculpa prum pornozinho vagabundo :)

    grande abraço,

    R.

    ResponderExcluir
  2. O ambiente em que se passa no filme, em nada difere das orgias que ocorrem em todo o mundo, e pq nao, no interior do br, onde pessoas com influencia e poder economico suficiente para fechar um estadio coberto, e transforma-lo em um bordel, como no filme. A diferenca eh que naquela epoca, e no filme, nao rolou cocaina, heronia, lsd, crack extase, maconha e por ai vai... mas nos filmes brasileiros... tudos isso, mais barangas, atrizes globais pagando de vagaba chinela pra pior, e fazendo pose na novela das nove da noite. sim, o filme eh otimo para quem gosta de historia, mas inapropriado para salas de aula, por mostrar como de fato, a soberba de governantes afligem o seu povo. demais?? basta lembrar que aqui no br colonia, dom pedro -passo o rodo geral - I, este por ser o filho do rei, tinha acesso a mulherada de todos os cantos do pais, a seu bel prazer, e que quando este morreu, foi em decorrencia a todas as doencas venereas conhecidas e desconhecidas da epoca, e tudo fato venereo...

    ResponderExcluir