2 de outubro de 2008

Era Uma Vez no México

Como final de trilogia, é grandioso o bastante. Como filme, parece uma colcha de retalho de seqüências extravagantes para Robert Rodriguez exercitar seus malabarismos tecnológicos. É muito mais uma conquista técnica do diretor do que outra coisa. Atrapalha aquela pequena multidão em cena, cada qual querendo alguma coisa que só fará sentido lá pela segunda ou terceira vez que se assiste. Banderas, com a chapinha em dia, tem presença forte como o Mariachi protagonista, mas em meio a tanta gente teve seu personagem diluído. Esquisito é que o passado mostrado nos flasbacks não pertence ao filme anterior da saga, e os três têm pouquíssimo em comum, fora o personagem principal. Sua violência é cartoonesca o suficiente para não chocar ninguém, sendo que Johnny Deep, o agente do FBI pilantra, consegue perfeitamente virar o jogo e se tornar muito simpático aos nossos olhos, numa reviravolta exemplar de roteiro e atuação. Mesmo separado por mais de uma década do primeiro da série, aquele que teria custado apenas 7 mil dólares, tem muito mais a alma barata dele do que o seu sucessor, A Balada do Pistoleiro.

Era Uma Vez no México - Once Upon a Time in Mexico

- EUA 2003 De Robert Rodriguez Com Antonio Banderas, Salma Hayek, Johnny Depp, Mickey Rourke, Eva Mendes, Danny Trejo, Enrique Iglesias, Cheech Marin, Willem Dafoe 102’ Ação


DVD- Essencial para quem gosta de cinema, com Rodriguez explicando em horas de extras como fazer um filme barato parecer uma super produção. Assistir à película com seus comentários abre um novo universo, concretamente revelador. Entre os documentários, vemos a garagem onde produz, dissertando sobre o fim do negativo e até a receita passo a passo de Porco Pibil, o prato que se der certo faz o agente Depp matar o cozinheiro para que tal experiência seja única. Para quem tem DVD-Rom há ainda dois joguinhos simples em flash.

Cotação:

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