25 de janeiro de 2008

A Noiva de Frankenstein

A série de monstros clássicos da Universal foi uma mão na roda para o estúdio em plena recessão pós crash de Nova York. Nada mais conveniente do que adaptar Drácula, a peça que fazia absurdo sucesso na Broadway. Personagem famoso (platéia garantida), elenco não conhecido nos cinemas e por isso barato, e a necessidade de parcos recursos financeiros para a produção, tudo conspirava a favor da chegada do negro a Hollywood. Como foi o primeiro filme é evidente certo anacronismo do diretor Tod Browning... Raramente a câmera se movimenta, interpretações caricatas como no cinema mudo, não há música de fundo, etc. Tanto este como o que o seguiu (Frankenstein), colossais fenômenos de público no seu tempo, hoje são como aqueles camafeus ostentados por velhas senhoras. Curiosos, mas emocionam muito pouco. Isso é diferente com A Noiva de Frankenstein! Chega-se a um ápice criativo, um pesadelo gótico de humor negro com cenários tão rebuscados quanto gigantescos, ângulos inusitados, elenco bem escolhido... Reza a lenda que James Whale fez certas imposições para rodar a referida continuação e por isso destoaria tanto. É fascinante como uma atriz, Elsa Lanchester, com tão pouco tempo em cena, marcaria uma personagem para a eternidade. Embora a festa seja para a noiva, quem brilha é o noivo. Boris Karloff cresce repetindo seu papel. A decisão (contrária ás vontades do ator) dele falar causa desconforto a princípio, mas proporcionam uma emocionante interpretação mesmo embaixo de toda aquela maquiagem. Não só fala, mas fuma e desesperadamente sente-se só! Quando a futura esposa berra ao ver seu predestinado não há como ficar sem um nó na garganta ao surgir pequenas lágrimas de decepção na criatura. Poético e macabro.

A Noiva de Frankenstein – The Bride of Frankenstein
- EUA 1935 De James Whale Com Boris Karloff, Elsa Lanchester, Colin Clive, Ernest Thesiger, Una O’connor, 75’ Horror


DVD - A Universal lançou em imagem restaurada praticamente todos seus filmes de monstro. Só haviam sido lançados no Brasil pela famigerada distribuidora Continental em VHS, com legendas tão toscas quanto à qualidade de imagem. Os extras, devido á preciosidade do filme, não são poucos. Documentário extenso e revelador, galeria de fotos raras, trailer original e faixa de comentário de um historiador. Tudo devidamente legendado em português. Repare num detalhe curioso na galeria de imagens. Há varias fotos de cenas que não entraram na edição final.

Cotação:

2 comentários:

  1. Eu sou completamente apaixonado po este filme, um dos mais belos e tristes que o cinema norte-americano produziu.

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  2. Graças a Deus que o Amor dos Ateus não chega a tanto o suficiente para se contradizer: o que ontem era impossível e uma loucura de analfabetos matemáticos de Cabalas... é hoje matemática de números...Que utilidade! Mais vale ser chinês e falar «grego» para ninguèm querer acreditar na «cara» com que acordamos e nos carimbam: então não é que o Frankenstein e o Cristo morreram secos...e lixaram a vida e as leis comportamentais, institucionais das nações e exércitos, e que devido a esse «pequeno pormenor», ainda hoje a maior parte da Humanidade sabe o que eles disseram e «deixaram por fazer»...?!Fosga-se, mais valia sermos todos «filhos de Pai incerto»! No meu tempo, falava-se das meninas menores que salvam famílias,nações e infâncias masculinas prenhes de virilidade e violência,(sim:salvam-nos...de si próprios, dum Ego que só elas parecem tão bem conhecer quanto se esquecem de o redireccionar quando disso se queixa meio-mundo!) à custa de subsídios, dos milhões de Gatos Fedorentos vagabundos vítimas de violência matrimonial, de fome, de roubo,banditismo e de frio, e também de atentados ao pudor com mini-saias às bolinhas amarelas, dos hermafroditas-funcionais, dos meninos com cara de Judeu-fanado-e-rico, de Salazar(que o Deus das sogras e comadres dos 365-dias-de-Natal-dos-tempos-da-miséria, o tenha como imortal!)...Só faltava engravidarmo-nos duma estaminalidade hipocondríaca tão auto-sugestiva quanto o quão lhe falta dizer«o que não diz», e que não só está no Segredo dos Deuses, quanto é, no mínimo, suficientemente egoísta para não só não casar consigo mesmo como acima de tudo, o suficiente para ter lá dentro uma sensação tão inacreditável que é como ter todos os pouquíssimos dias em que gasta dinheiro, em comida, roupa, carro e em companhias, e acaba com cara de espelho de tudo o que já foi dito e contradito pela superio raça das «maiorias»...
    Será que o Frankenstein irá casar?... E o prémio vai para: «Será que isso importa?!» Carentes do camandro!...Faz lembrar o Hugo Chavez, a «mosca» de Obama, o Moscovo do gás, o Javier Bardem, o Christmas Nöel, a Noite Branca, a porrada no Benfica, as Freiras(verdadeiras Mulheres, que salvam as Áfricas que nós esfomeamos e os órfãos que nós plantamos...e não amam, portanto, apenas a carne nem a família mais próxima)e Monges,o Processo Face Oculta, os Mórmones, os campos de caravanas dos EUA, os anões disfarçados de gente «crescida e aparecida»,e os bastidores da sociedade como a Justiça, Polícias, Exército regular, deontologia dos verdadeiros Médicas,...os exterminadores cinegéticos de baratas,homossexuais homófobos, e...já me esquecia, dos esquizofrénicos matemáticos(da «verdadeira» também, como se já não bastasse) e génios-sobredotados introvertidos e anti-sociais, claro!

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