9 de maio de 2008

Juno

Comedinha bonitinha, engraçadinha entre alguns outros “inhas” demais pro meu gosto. O roteiro (laureado com o Oscar deste ano!) da blogueira Diablo Cody é construído de maneira interessante, dá inusitado suspense com o fim possível aos personagens, mas escorrega nos diálogos empenhados em conseguir graça com frases tolas e pretensamente modernas. Esse verdadeiro esforço indie incomoda também no violãozinho mal tocado que se ouve durante incansavelmente... Ellen Page, indicada a melhor atriz como a garota Juno, rebola bem praquilo não desandar e claro, triunfa do jeito intragável como sua anti-heroína pedia. Sua carinha de vinte e poucos quase convence que é uma menina de 16 anos, bobinha, bobinha. Aliás, a história é contada por seu ponto de vista, o que deve agradar pessoas igualmente imaturas. Meninas que engravidam do primeiro amor não é tema lá muito interessante pra qualquer ser que possua seus 32 dentes devidamente crescidos. Grávida, Juno depois de desistir do aborto (de modo mal resolvido) decide entregar a criança em adoção a casal problemático. Não há julgamentos morais o que não é de todo ruim, nem qualquer tipo de discussão mais profunda além daquelas mostradas em produtos para tal faixa etária, como a novelinha Malhação. Mérito mesmo está na duração, curtinho o suficiente para não cansar, assim como para não conseguir a afeição de adultos à criaturinha protagonista. Seu comportamento sempre grosseiro nos faz sim suspirar aos céus pedindo que nos mantenha afastados de adolescentes semelhantes, da pior espécie. E que falta lhe causou umas (sempre modernas) boas palmadas na hora certa...

Juno – Juno

- EUA/Canadá 2007 De Jason Reitman com Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Allison Janney, J.K. Simmons, Olivia Thirlby, Darla Vandenbossche 96’ Comédia/Drama



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