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14 de fevereiro de 2010

Avatar

Difícil avaliar. Dá pra dizer que quem gosta de cinema deve ir assistir, porque além de irrepreensível produção, tecnologicamente aponta para caminhos futuros bastante interessantes.

Por outro lado, é um daqueles filmes medíocres e previsíveis como qualquer outro que almeje lucro fácil. Daqueles repletos de clichês para que a platéia média se sinta segura em navegar por mares conhecidos.

O velho bole bole de pessoas fora do tido como normal pela sociedade (no caso um deficiente físico) revolucionando instituições tradicionais. Tipo Para Woong Foo, Obrigado Por Tudo Julie Newmar (e centenas de outros), que ao final nada mais sobrava do que “são drags mas são limpinhas”.

Não abrindo mão destes pontos caros ao cinemão (maniqueísmo, inverosimilhança, etc.) é possível não prever cada segundo de metragem. O texto ruim, com frases de efeito (“Vou mas meu coração ficará!” ou coisa que o valha) chega a dar certo humor involuntário.

Cada personagem que aparece é descrito narrativamente por outro, assim como qualquer detalhe da história! “Poxa, tio! Não sou burro! Deixa eu refletir um pouquinho?”.

Em contrapartida, a inovadora técnica 3D utilizada é FABULOSA! Não sei se em todas as salas o resultado é como foi numa IMAX, mas assisti-lo é mesmo experiência realista e única e já se sai do cinema querendo ver outros filmes semelhantes.

Se Hollywood procurava uma forma de derrubar a pirataria, achou! Quem fez download ou comprou um DVD pirata, não assistiu Avatar. Ou, simplesmente ficou com a pior parte dele, descrito no início deste texto.

Tão bacana que eu daria nota máxima se não fosse a duração absurda, que dilue o impacto do 3D. Depois de quase três horas sentado poderia ser até em 6D que eu pouco estaria me lixando.


Avatar - Avatar

- EUA 2009 De James Cameron Com Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, Giovanni Ribisi, Stephen Lang, Joel Moore, Michelle Rodriguez, 162’ Ficção Científica


*** Em Cartaz ***

Cotação:

30 de junho de 2008

Wall-E

Não é todo dia que se vai ao cinema e se depara com um clássico. Um filme que se tem a certeza de que será querido por gerações e gerações. E nem por isso, ou talvez por isso, deixou de seguir caminhos arriscados principalmente em sua estrutura. Atitude cada vez mais condenada pelos engravatados de Hollywood nestes tempos de refilmagens, adaptações caretinhas de quadrinhos pra nerd bater palma e quaisquer outras favas contadas. Adulto e profundo a ponto de nos fazer continuar com ele na cabeça horas depois, infantil e divertido a ponto de a maioria das (muitas!) crianças presentes na sala ficarem caladinhas até o fim. Esse domínio da platéia, muito comum entre grandes atores do teatro, demonstra o quanto os roteiros da Pixar estão cada vez mais apurados. Wall-E é um pequeno robô, o último da sua espécie, que sobrevive na Terra a fim de limpar todo o lixo existente. Todos os humanos estão em órbita, por séculos, esperando o dia em que tudo voltará a ser um prado verdejante. A maquininha vive aqui relativamente só, embora seu relacionamento com uma barata faça seus dias menos vazios. Outra distração é uma velha fita VHS do musical Hello Dolly!, que como em muitos filmes de nossas vidas, lhe será bastante útil futuramente. Num belo dia, chegará outro robô, moderníssimo, vasculhando cada centímetro do velho planeta, e não se sabe se por suas formas arredondadas, ou pela esperança do fim da solidão, Wall-E cairá de amores por ele, sem deixar de ser incrivelmente útil em sua pequeneza. Parece um filme comum? Espere para ver o que ainda virá, com maquinas conspirando, humanos entregues aos prazeres digitais, vilões mal definidos numa raríssima falta de maniqueísmo em animações. E claro, detalhes filosóficos que ainda me farão pensar por mais alguns dias. Quem sabe? Em alguns pontos há um deslize de ritmo, e estranha ser principalmente no corre corre final. Nada que não o faça um dos melhores longas deste ano. Saindo do cinema vi uma garotinha de uns 5 anos falando pro papai o quanto os humanos eram gordos, e que também pudera, comiam McDonalds o tempo todo! Só isso já não valeu o ingresso?

Wall-E – Wall-E

- EUA 2008 De Andrew Stanton 103’ Animação/Ficção Científica


*** Em cartaz ***

Cotação:

21 de abril de 2008

Cowboy Bebop: O Filme

Emaranhado de referências a Hollywood clássica, parece ter sido criado por uma mente perturbada de algum seguidor do Timothy Larry! Se não fosse lá pela meia hora final toda a história ficar absurdamente bizarra e confusa, seria uma obra prima não só da animação, mas do cinema como um todo. A apresentação dos personagens é de uma eficácia desconcertante. Há um assalto medíocre a uma destas bibocas que ficam abertas até tarde e vendem de macarrão instantâneo a pilhas alcalinas. Os ângulos são os mesmos de câmeras de segurança só que com resolução boa, até Spike adentrar no local mais blasé do que se espera de quem vá resolver o crime. Depois de alguma porrada, e com uma velha senhora de refém sob a mira de um revolver, ele deixa claro: “Se quiser atirar fique há vontade. A vida dela não me diz respeito! Sou um caçador de recompensas, não um herói!”. Pronto, o mundo também ficará aos cuidados deste anti-herói fumante que não se importa com o mundo. E precisaremos de ajuda graças às ameaças de um terrorista chamado Vincent (inspirado adivinha em quem?) envolvido com metafísica e nanotecnologia contando com o amparo de experientes hackers! Embalado por uma espetacular trilha sonora assinada por Yoko Kano, tão eclética e autêntica que se chega a duvidar que uma mesma pessoa a tenha criado!

Cowboy Bebop: O Filme – Kaubôi bibappu:Tengoku no tobira (Cowboy Bebop: The Movie)

- Japão, 2001 De Shinichirô Watanabe 116’ Ficção Científica/Animação


DVD - Depois do parto que foi seu lançamento nos cinemas, em momento Tim Maia (“Será que vem?”), a Columbia resolveu distribuí-lo diretamente em DVD. A versão dublada em português teria sido feita também de forma conturbada, mas as vozes antes ouvidas na exibição do canal Locomotion estão lá. Há alguns extras bem caretas e curtos, que não fazem jus ao espetáculo cinematográfico do filme.

Cotação:

18 de fevereiro de 2008

De Volta Para O Futuro Parte II

Vistos logo em seguida, há várias discrepâncias com o filme anterior. Ele começa do mesmo ponto em que parou o outro, mas foi feito na verdade com mais de quatro anos de diferença. Portanto, nos deparamos de cara com a futura ganhadora do Oscar Elisabeth Shue, no papel de namorada de Michael J. Fox, usando uma peruca ajeitada por algum cabeleireiro de mau humor. A atriz original recusou os trabalhos para cuidar de sua mãe doente. A decepção fica no futuro vislumbrado: 2015 são muito mais 80 do que minha memória havia guardado e aparecem pouco. E que época estranha onde só há Pepsi! Repare na gracinha que está Elijah Wood (O Frodo de O Senhor dos Anéis), na cena do bar temático, com uns 7 aninhos. Mesmo com personagens já conhecidos, a história não é muito diferente, apenas com mais reviravoltas. Se há mais do mesmo, a ação, como reza a cartilha de qualquer seqüência Hollywoodiana, é freneticamente superior. As interpretações infelizmente continuam díspares, com cada ator parecendo fazer seu próprio filme. Aliás, Fox está constrangedor como sua filha. Fica-se na dúvida se é filha ou McFly terá um filho transex! Ao voltar à década de 50 o roteiro esbarra na genialidade, quando o herói tem contato com o eu dele vivenciando os acontecimentos do filme anterior. Em contrapartida, mesmo se assumindo quase como um desenho Looney Toons, há soluções fáceis demais e a correria ininterrupta do roteiro não consegue disfarçar alguns furos.

De Volta Para O Futuro Parte II – Back To The Future Part II

- EUA 1989 De Robert Zemeckis Com Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson, Crispin Glover, Thomas F. Willson, Elisabeth Shue 108’ Ficção Científica


DVD - Toda a trilogia foi comercializada em Box ou DVDs simples separados. Recentemente foi relançada em um Box diferente, daqueles em que todos os discos são acomodados em estojo de espessura igual a um comum. É estranho e desconfortável manuseá-los, mesmo com a vantagem de ocupar menos espaço na estante. Cada filme vem com os (muitos) extras iguais, mas específicos para cada um, sendo que os dois primeiros contêm making off da época e um atual. De resto, destaque para erros de gravação e algumas cenas deletadas. No menu principal chama atenção a imagem em movimento do notório relógio da prefeitura (sim, aquele danificado por um raio em 1955). Dependendo do filme aparece, assim como o designer do menu, nos respectivos anos 1985, 2015, 1885.

Cotação:

4 de dezembro de 2007

O Homem Duplo

O filme decepção do ano não é necessariamente um filme ruim. É banal, corriqueiro... O fato de ser baseado na obra de Philip K. Dick nos fazia esperar algo ousado, ainda mais sabendo que os astros tiveram que ser redesenhados com a técnica de rotoscópia, já usada por Disney na década de 30 em Branca de Neve. Talvez esta façanha, refazer tudo quadro a quadro, tenha sido a pázinha de cal em qualquer positividade. Primeiro porque acaba chamando muito mais atenção do que a história (confusa) em si, e depois porque o emprego dela não acrescente em nada. Não serve, como por exemplo os maneirismos estéticos de Sin City, para direcionar o espectador a climas, subentendimentos ou estilos. É só perfumaria! O projeto que demoraria a principio 9 meses, acabou em 18. Mesmo artesanal o resultado foi frio, como se as imagens tivessem sido automaticamente rastreadas por um software gráfico. Em um argumento essencialmente humano e verborrágico soou desnecessário. Bem, pelo menos adicionou alguma expressão na interpretação de Keanu Reeves, e isto já é um mérito louvável. Mas no geral é bonito, ousado e com elenco interessante. Talvez mereça ser revisto com menos expectativas...

O Homem Duplo – A Scaner Darkly - EUA 2006 De Richard Linklater Com Keanu Reeves, Winona Ryder, Robert Downey Jr., Rory Cochrane, Woody Harrelson 100’ Ficção Científica/Policial

DVD - Um caso raro de DVD simples e completo! Ao invés de ser lançado duplo divido em minúsculos documentários se optou por apenas dói com mais de meia hora cada. O primeiro sobre o livro original e seu autor e o segundo o making off em si do filme, ressaltando a rotoscópia. A parte nojenta está na faixa de comentários com diretor, astro principal, historiador etc. A cara de pau da Warner faz este extra ser mencionado na capa, mas legendas em português que é bom, necas de pitibiriba! E isto está se tornando um hábito das distribuidoras...

Cotação: