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24 de julho de 2008

O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final

Todo o dinheiro do mundo não supera uma boa idéia. Esta continuação, sete anos depois, comprou perfeitamente a máxima. Mesmo sendo um filme muito bom, com roteiro e conceitos bem desenvolvidos, cinematograficamente resultou em mais um produto comum de Hollywood. A trilha sonora, antes feita por alguns caraminguás com tecladinho furreca (mas de resultado excelente) deu lugar a uma orquestral banal e rufante. Outra coisa estranha: Não há um pingo de sangue! O Exterminador leva uma saraivada de balas e não sangra. Houve ainda uma troca do suspense por mais ação. As inúmeras cenas de perseguição chegam a saturar além de embolarem a trama por mais de duas horas. Mas enfim, pelo menos continuou a saga com habilidade. O tal futuro messias nasceu e com dez anos recebe a ajuda do Cyborg T-800(ou um modelo idêntico ao que atacou sua mãe) para escapar de uma máquina muito mais evoluída, o anamórfico T-1000. Inúmeros paralelos com o que aconteceu no anterior e futuro, presente, etc. o deixam acima da média em relação a qualquer filme de tiroteio muito comuns naquela época, e abrem espaço para uma fascinante mitologia mal explorada na próxima produção. Os efeitos digitais, alguns dos primeiros usados no cinema, tomam partido das limitações técnicas do período e, portanto continuam úteis. Há incontáveis furos de edição que revelam o dublê do Schwarzenegger, que tem corte e cor de cabelo diferente.

O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final – Terminator 2: Judgment Day

- EUA 1991 De James Cameron Com Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong, Robert Patrick, Earl Boen, Castulo Guerra, Xander Berkeley 131’ Ficção Científica/Ação


DVD - Este segundo saiu pela Universal em edição pretensamente especial com dois discos. O primeiro disco possui menus animados bem chiques, mas demorados, sem a possibilidade de pulá-los. Isso faz até com que seja difícil apertar a tecla stop do aparelho. O segundo tem uma miséria de extras: Vários storyboards de momentos importantes, trailer de cinema, e um documentário da época de lançamento, de imagem muito ruim.

Cotação:

24 de maio de 2008

Uma Loira em Minha Vida

Tentativa de comédia romântica maluquinha como se fazia nas décadas de 30 e 40. Rapaz bon vivant tem sua vida desestabilizada ao ceder aos encantos de garota à deriva na vida. Como se sabe, o casal Baldwin e Bassinger repetiu quase tudo aquilo na vida real, chegando a se casar também. Acabaram rendendo muito assunto para os tablóides com ela o acusando de alcoolismo, e violência física e mental. Mas voltando à ficção, há muitas reviravoltas, e soluções interessantes para algumas situações engraçadas. Assim como cenas mais quentes do que comédias românticas normalmente mostram. O que chega a comprometer é um grupo de amigos, que vai narrando a história. Entre eles o sumido Paul Reese (da série Mad About You) quebrando o desenrolar natural dos acontecimentos sempre com o pior do humor norte americano. Igualmente fraca a direção de arte de toda produção. Talvez por falta de recursos, nunca nos remete aos anos 40/50 época da história. Os ternos de Baldwin têm corte quase idêntico aos de Miami Vice. Até em cabelo e maquiagem vemos tal relaxo. Bassinger pode estar muito bem na meia dúzia de números musicais que lhe deram, mas aquele cabelão como todo o visual jamais nos convencem ser uma aspirante a Diva da época dourada de Hollywood.

Uma Loira em Minha Vida – The Marryng Man

- EUA 1991 De Jerry Rees com Alec Baldwin, Kim Basinger, Elisabeth Shue, Paul Reese, Fisher Stevens, Armand Assante 116’ Romance


DVD - Não há absolutamente nada. O misere se estende aos menus estáticos de dar dó.

Cotação:

8 de maio de 2008

Mistérios e Paixões

O próprio Cronenberg assume que muito do romance beat Naked Lunch é infilmável. Ainda assim conseguiu resultado para pouquíssimos espectadores já que ficar horas dentro da cabeça de um viciado em veneno para baratas não é das sensações mais agradáveis. Acrescentou algumas passagens da história do próprio autor William S. Burroughs, então vivo àquela altura, como forma de compensar as partes omitidas do livro. Quem leu sabe que como filme sua feitura é um pequeno milagre de relativa fidelidade narrativa, tendo como base textos desconexos. Mesmo a trama se desenvolvendo em 1952, é contada como uma velha película noir, trocando a fotografia preto e branco por tons verdes e vermelhos. Tal escolha, em conjunto com a direção de arte e figurinos, foi muito feliz porque não nos permite identificar a época em que foi produzido. Basicamente o argumento é simples, o diabo é seu desenrolar. Escritor tenta sobreviver trabalhando como exterminador de insetos. Seguindo idéia da esposa torna-se viciado ao injetar o veneno em si. Isso o põe a serviço de organização misteriosa que lhe manda até um lugar chamado Interzone. Lá será espécie de detetive, tendo a “homossexualidade como seu melhor disfarce”, conforme recomenda um dos agentes, sua máquina de escrever. Essa criatura é outro acerto, bem realizado, convence sendo meio inseto, meio máquina e que ainda fala bastante, não pelos cotovelos, mas através de seus anus gigante. Nunca se entende realmente qual é a missão dele, e não espere que a confusão melhore até seu desfecho. Muitas vezes obsoleto quanto escrever à máquina ou escritores drogados. Tão desconcertante quanto os caminhos da mente criativa.

Mistérios e Paixões – Naked Lunch

- Canadá/EUA 1991 De David Cronenberg com Peter Weller, Judy Davis, Ian Holm, Julian Sands, Roy Scheider, Monique Mercure, Joseph Scoren 115’ Drama/Mistério


DVD - Um dos mais subestimados de Croenberg tem edição boazinha. Utilizaram a imagem do pôster original, ao invés do que havia feito a distribuidora do VHS, que tentou enganar o público fazendo supor ser uma história de amor. Até esse título em português ridículo tentaram consertar escrevendo em baixo “Uma Adaptação de Almoço Nu, de Burroughs”, afinal, quem quer que tenha interesse por ele já deve conhecer o livro. Ainda menus retrôs com baratinhas passeando cá e lá, e alguns extras como texto, spot de TV e trailer (narrados por Burroughs!!!) e um curto making off da com depoimentos de 1991.

Cotação: