10 de outubro de 2008

Mortos que Matam

Primeira versão do texto de Richard Matheson, que geraria outros dois filmes sendo o mais recente Eu Sou A Lenda com Will Smith, revela-se bem à frente de seu tempo. O IMDB, conta que o projeto original foi criado para a Hammer Films, mas como a censura inglesa o recusou, teve que ser filmado na Itália. Estrelado pelo grande Vincent Price, em silêncio por longos minutos, tem alguma violência explícita e um final nada feliz. Seus zumbis de hábitos noturnos atacam com fúria alguns anos antes dos de Romero no filme que mudaria o rumo do gênero horror para sempre. Aqui, também surgem por um inexplicável vírus, com as vítimas estranhamente cegas antes de se transformarem em mortos-vivos. Apenas um cientista incrédulo sobrevive, e por mais de três anos cria a rotina num cenário apocalíptico, tentando contato com outros possíveis sobreviventes, construindo réstias de alho protetoras e, claro, acabando com os mortos vivos enquanto é de dia. Durante um flashback conhecemos sua história, com a família adorável sendo destruída pela doença junto com a sociedade mundial. Qualquer informação a mais pode estragar as inúmeras surpresas do roteiro muito inventivo filmado com capricho. Mesmo quem viu a versão recente pode esperar um desenrolar diferente e camadas mais profundas do que se vê numa simples produção B. Price, como de costume, parece se divertir (literalmente) horrores enquanto trabalha.

Mortos que Matam – L´Ultimo uomo della terra (The Last Man on Earth)

- Itália 1964 De Ubaldo Ragona Com Vincent Price, Franca Bettoia, Emma Danieli, Giacomo RossiStuart, Umberto Raho, Christi Courtland, Antonio Corevi, Ettore Ribotta 86’ Horror


DVD- Com direitos autorais vencidos, pode ser baixado legalmente em sites que disponibilizam filmes nas mesmas condições. A Media Group o comercializou de forma bastante amadora, com a arte da capa muito feita, impressa em impressora caseira, visivelmente cortada com tesoura. O selo do disco está escrito Mortos que Matam e A Casa dos Maus Espíritos, num erro básico de atenção. Os extras são um monte de texto sem sentido algum, trailers feitos por eles de outros lançamentos e vários do diretor Willian Castle, sendo que ele não tem absolutamente nada a ver com o filme.

Cotação:

Um comentário:

  1. Walter, estranho que eu recebi o e-mail de ontem (onde vc falava da edição da Flashtar) e o de hoje, mas eles não aparecem aqui. Abraço!

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