31 de maio de 2008

Abaixo o Amor

Esta comedinha romântica derrapa logo depois que exibe o logo clássico da Fox. A abertura animada é só uma tiração de sarro pejorativa com o estilo de produções a qual pretende “homenagear”. Entre aspas porque está mais para esculhambar do que homenagear tamanha a estridência de clichês que são exibidos todo o tempo. A única coisa nos eixos é o argumento inteligente, que deveria ter sido executado com mais seriedade. Austin Powers foi mil vezes mais feliz na tentativa de representar os filmes do período! Renée Zellweger pode ter sua carreira alçada graças à identificação das gordinhas solteironas do planeta, mas não deixa de ser uma chata de galocha pra outra parte da humanidade. Sua tentativa de interpretar uma heroína romântica ao gênero Doris Day não passa de uma caricatura infelizmente bem irritante. Ela é a interiorana que consegue fama e dinheiro ao se mudar para Nova York em 1962 quando lança livro de auto-ajuda feminista. Ewan McGregor faz o famoso jornalista de uma revista masculina que revoltado com o sucesso da rival, que consecutivamente fez esvair suas conquistas amorosas, cria o plano de seduzir a garota para desmascará-la. Ele, um remedo da masculinidade insuspeita de Rock Hudson ajuda na falta de química dos dois. Exageram nos cacoetes como se julgassem estúpidos aqueles doces filmes 60’s. Não é um filme difícil de ser visto, muito pelo contrário, mas as referências exageradas cansam. Como curiosidade, a curta participação de Tony Randall, o dono da editora, a única coisa legítima daquele tempo por ter interpretado algumas comédias românticas como Adorável Pecadora, mas mais famoso na nossa geração por As Sete Faces do Dr. Lao.

Abaixo o Amor – Down with Love

- EUA 2003 De Peyton Reed Com Renée Zellweger, Ewan McGregor, Sarah Paulson, David Hyde Pierce, Rachel Dratch, Jeri Ryan 101’ Comédia


DVD - Porco! Não há outra palavra pra definir um DVD que nem se deu ao trabalho de criar menus exclusivos para ele, só há os logos da Fox ao fundo. Pessoas que costumam alugar filmes deveriam se opor a esse tipo de produto feito às pressas, talvez na certeza de sua descartabilidade. Há sim, e dois trailers de trashes irrelevantes que aparecem no início, quando o player começa a ler o disco, como se ainda estivéssemos no tempo do VHS.

Cotação:

6 comentários:

  1. Tá bom, sei que um filme não se faz só com visuais bacanas, mas apesar de tudo, a direção de arte, os figurinos e decors são bem legais, né, Miguel ?

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  2. Jôka, pra mim é tudo uma caricatura gigante mesmo!

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  3. Ah, eu adoro "Abaixo o Amor". Achei a sacação de usar a música da Judy Garland bem legal, com aquela montagem que o Zemmicks havia feito em "I wanna hold your hand" pro show dos Beatles no Ed Sullivan.
    E realmente é mais fácil a gente se identificar com a Zellwegger do que com a Doris Day, velhusca demais pra fazer a virgenzinha.
    Os figurinos deste filme são impecáveis, concordo com o Jôka.

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  4. Olga, vou continuar esperando uma comédia romântica ingênua inspirada nos 60's mais autêntica.

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  5. Apesar de um tanto exagerado o filme ainda é assistível. O exagero vem pelo aspecto muito colorido do filme, dando uma aparencia bastante cor de rosa. As atuações de Macgregor e Zellweger são puramente caricaturais e super exageradas. Bem que eles poderiam compor seus personagens com mais leveza não era?. Como a Doris Day, o Rock Hudson e Tony Randall fizeram nos eternos anos 60.

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  6. Ricardo, é esse o ponto. Ultrapassaram a fronteira entre a chacota e a homenagem.

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