
Presa, jurou inocência até o fim, quando foi condenada à câmara de gás. Mesmo com todas as matérias sensacionalistas que assolaram os EUA, inclusive nos primórdios da TV, sua história comoveu todo o país transformando-a num símbolo anti a pena capital.
O drama real transformado em roteiro de Hollywood virou veículo perfeito para Susan Hayworth brilhar. Nem a um passo de morrer ela deixa de ser arrogante e amoral, embora consiga sensibilidade nos momentos onde clama pela vida e reencontra seu filho bebê na cadeia.
Não teve pra ninguém na cerimônia do Oscar daquele ano. Hayward (após outras quatro indicações) desbancou a eterna queridinha Elizabeth Taylor que concorria como Meg de Gata Em Teto de Zinco Quente (Cat on a Hot Tin Roof).
Robert Wise, especialista em filmes fantásticos como A Maldição do Sangue de Pantera (The Curse of Cat People, 1944), dirigiu esquivando-se do dramalhão rasgado que o material poderia proporcionar. Principalmente pela trilha sonora espetacular de jazz e o roteiro que apresenta apenas o que já havia sido propagado na mídia.
O possível assassinato surge em meio à chuva de acusações no tribunal. Somos surpreendidos assim como o réu.
Apresentado e encerrado por frases do jornalista Edward S. 'Ed' Montgomery (ganhador do Politzer), que acompanhou o caso (e segundo o roteiro se envolveu emocionalmente), o roteiro se assemelha a uma vislumbrada em recortes de notícias. É sucinto nas fases, e não perde muito tempo em longas cenas de tribunal.
Quase um King Kong. Sabe-se o que foi reservado à heroína no final, e mesmo assim são minutos de extrema tensão e suspense claustrofóbico.
Eu Quero Viver - I Want to Live!
- EUA 1958 De Robert Wise Com Susan Hayward, Simon Oakland, Virginia Vincent, Theodore Bikel, Wesley Lau, Philip Coolidge, Lou Krugman, Alice Backes 120’ Drama
DVD- Uma tristeza estes DVDs de obras da RKO, MGM ou United Artists distribuídos no Brasil. Temos o filme apenas e já vamos com sorte, que pelo menos foi comercializado, em meio a centenas ainda inéditos. Não entendi até agora que diabos é Classicline, porque alguns discos com esta marca não parecem pertencer à grande estúdio algum, mas nesse caso a capinha é cheia do leão da Metro. E são caros pra chuchu!
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