13 de dezembro de 2007

História de Uma Cidadezinha

Se este filme não conta-se com Marilyn Monroe em seu elenco ganharia o destino de tantos outros desprezíveis: Teria virado matéria prima na fabricação de vassouras! Originalmente conhecido no Brasil como Em Cada Lar Um Romance (o que não faz o mínimo sentido!), é uma pequena bobagem (quase um média metragem), subversiva e deslavada propaganda dos princípios anticomunistas. O trabalhador deve servir da melhor maneira possível o patrão magnata, que não passa de um ser altruísta e muito bonzinho a favor de uma América próspera. Nosso herói, que retorna a sua cidade natal após a derrota nas eleições, quase vira vilão ao usar seu jornal contra uma indústria que achava gananciosa. Não espere nada além de alguns discursos cheios de boas intenções, tal e qual você sabe o quê. Sua ingenuidade chega a ser graciosa como a classe média americano dos 50 sempre nos parece. De qualquer forma, indispensável na coleção dos admiradores de Monroe. Ainda longe de se tornar o maior mito que o cinema já produziu, emociona sua visível insegurança nas duas ou três frases de texto (além de literalmente enfeitar o cenário ao fundo) como a secretária do tal noticioso interiorano. Foi o nono filme de sua carreira, e o (terceiro e) último na MGM, que a dispensou alegando já ter Lana Turner em seu cast, não precisando de outra loira. A curiosidade fica no fato de que esta película, por ser artisticamente insignificante, tornou-se rara inclusive em sua época. Instantaneamente desprezado e esquecido segundo o biógrafo Donald Spoto. Uma cópia teria ressurgido na Austrália após a morte de Marilyn Monroe em 1962.

História de Uma Cidadezinha – Home Tow Story
- EUA 1951 De Arthur Pierson Com Donald Crisp, Jeffrey Lyn, Marjore Reynolds, Marilyn Monroe 61’ Drama


DVD - Uma das glórias da era digital em que vivemos é a possibilidade do acesso a obscuras produções como esta. Muitos títulos com copyrights teoricamente perdidos estão surgindo para download na internet, ou sendo lançado em DVD por pequenas distribuidoras. Este aqui (De uma tal Líder) tem um menuzinho simpátiquinho com uma casinha onde na janelinha se vê cenas do filminho enquanto caiem folhinhas. Um show de inhos e inhas ideal para a obra em questão. Ao fundo se ouve a mesma música que toca na abertura do filme, mas visivelmente percebe-se que não é original da época, aliás, o leão da Metro está mudo!!! Não tem seleção de capítulos e há a opção de áudio em 2 ou 5 canais... Em um filme da década de 50? Como assim?

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